Aos 60 anos, Diego Maradona morre após parada cardiorrespiratória

Maior ídolo do futebol argentino teve um mal súbito em casa e não resistiu no início da tarde desta quarta.&nbsp;Ex-camisa 10 deixa legado mágico em campo e polêmicas fora dele<br>


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O mundo do futebol chora. A comoção mundial no esporte se justifica. Um dos maiores de todos os tempos, Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, em Tigres, na região metropolitana de Buenos Aires. O eterno camisa 10 se recuperava de uma cirurgia no cérebro em casa quando teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A morte do ídolo argentino foi confirmada inicialmente pelos principais veículos de imprensa do seu país.

Alberto Fernández, presidente da Argentina, declarou luto oficial de três dias no país. Em postagem nas redes sociais, lembrou que o ex-camisa 10 da seleção fez o país "imensamente feliz". 

Recentemente, Maradona havia sido hospitalizado após ter sido constatado um coágulo no cérebro. O ídolo argentino ficou internado por oito dias e foi liberado há duas semanas para seguir a recuperação ao lado dos familiares.

Maradona
Um dos maiores jogadores de todos os tempos, Maradona conquistou a Copa de 1986 pela Argentina (FOto: Divulgação)

Autor do gol entitulado de "La Mano de Dios" nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986 contra a Inglaterra, Maradona conquistou essa competição com a Argentina. Ele defendeu sua seleção em 91 jogos e disputou quatro vezes o Mundial (1982, 1986, 1990 e 1994).

Maradona começou a jogar no Argentinos Juniors, com apenas 15 anos. De lá, foi para o Boca Juniors, clube que torceu durante sua vida e encerrou sua carreira. Na Bombonera, ele conquistou o título nacional em 1981. 

Após o enorme sucesso, o craque foi negociado com o Barcelona numa transferência milionária à época. Na Espanha, no entanto, Dieguito não conseguiu seu maior sucesso na Europa, mas conquistou canecos: Copa do Rei (1982/83), uma Copa da Liga Espanhola (1982/83) e uma Supercopa da Espanha (1983).

Na sequência, 'El Diez' desembarcou na Itália para marcar seu nome na história do Napoli - onde é ídolo máximo até hoje. Lá, ele conquistou duas vezes o Campeonato Italiano (1987 e 1990) e a Copa da Uefa (1989). Venceu também a Copa Itália (1987) e uma Supercopa da Itália (1990). Maradona também vestiu as cores de Sevilla e Newell's Old Boys. 

Ao longo dos 21 anos de carreira, Maradona entrou em campo 676 vezes e marcou 345 gols. A soma inclui passagem por seleção e clubes.

Polêmicas fora de campo e vida discreta como treinador

Se a história de Maradona em campo é marcada por conquistas e lances geniais, fora dele, o ex-camisa 10 teve momentos intensos e turbulentos. O vício em cocaína esteve atrelado aos episódios no período.

Em março de 1991, o argentino foi suspenso por 15 meses após o exame antidoping constatar o uso de cocaína. Ele vestia a camisa do Napoli.

Outra confusão aconteceu em Buenos Aires: o ídolo foi preso por porte e consumo de cocaína. Na ocasião, o 'El Pibe de Oro' passou a noite na delegacia e foi liberado após o pagamento de fiança.

Maradona
Maradona não teve sucesso como treinador (GIMNASIA Y ESGRYMA)

Maradona também sofreu um ataque cardíaco por conta de uma overdose em 2000, no Uruguai. Outro problema de saúde aconteceu em 2004, quando precisou de cuidados médicos para uma crise cardíaca e respiratória.

A vida à beira do campo não repetiu o sucesso que teve como atleta. Esteve no Mandiyú (1994) e Racing (1995). Na seleção argentina, ele permaneceu de 2008 a 2010. Ainda comandou Al Wasl (2011-2012), Al Fujairah (2017-2018), Los Dorados de Sinaloa (2018) e Gimnasia y Esgrima (2019-2020). 

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