Cabe algum no Brasil? Boca Juniors prepara barca após temporada abaixo
Time já está planejando reformulação para 2026

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Depois de uma temporada repleta de frustrações e eliminações precoces, o Boca Juniors já planeja uma reformulação profunda para 2026. O clube, que ainda luta por vaga no mata-mata do Clausura, começou a definir quem ficará e quem sairá da Bombonera após um ano que decepcionou torcedores e dirigentes.
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Segundo informações do jornal "Clarín", o presidente e ídolo Juan Román Riquelme deve promover uma verdadeira “barca” de saídas. Pelo menos sete jogadores estão com o futuro decidido, enquanto outros nomes seguem em análise. A reformulação começou antes mesmo do fim da temporada, com as despedidas do zagueiro Marcos Rojo, que acertou com o Racing, e do goleiro Sergio Romero, que deve defender o Argentinos Juniors.
Entre os nomes mais emblemáticos da lista está o do lateral-esquerdo Frank Fabra. Aos 34 anos e com nove temporadas vestindo a camisa xeneize, o colombiano deixará o clube ao fim de seu contrato, em dezembro. Ídolo e multicampeão, Fabra acumulou nove títulos pelo Boca, mas perdeu espaço e não entra mais nos planos da diretoria. Ele deve seguir carreira no exterior, com sondagens de clubes do Brasil, México e MLS.

A mesma situação se aplica a Cristian Lema, Ignacio Miramón e Javier García, todos com vínculo até o fim do ano. Lema, de 35 anos, não atuou em 2025 após uma lesão no tornozelo e não entrou nos planos de Fernando Gago nem de Miguel Ángel Russo. Miramón, meia de 22 anos emprestado pelo Lille, teve apenas 100 minutos em campo e não será comprado. Já o goleiro García, 38, deve encerrar o ciclo no clube, embora mantenha boa relação com Riquelme, o que poderia abrir brecha para uma despedida mais simbólica.
Além deles, o Boca deve liberar outros jogadores que pouco contribuíram na temporada. Lucas Janson, ponta de 22 anos, participou de apenas seis partidas e marcou um gol pela Copa Argentina. Agustín Martegani, meia de 25 anos, disputou somente duas partidas e não convenceu. Kevin Zenón, destaque da seleção olímpica argentina em 2024, também perdeu espaço e deve ser negociado. Houve interesse do Olympiakos, da Grécia, mas as tratativas esfriaram após o Mundial de Clubes.
A barca representa uma tentativa de oxigenar o elenco após uma sequência de vexames. O Boca caiu ainda na pré-Libertadores, eliminado em plena Bombonera pelo Alianza Lima, e depois foi eliminado nas quartas do Torneio Apertura. Na Copa de Clubes, parou ainda na fase de grupos após empatar com o Auckland City, e na Copa Argentina, deu adeus antes das oitavas ao perder para o Atlético Tucumán.
Boca Juniors em reconstrução
A turbulência dentro de campo coincidiu com um baque fora dele: a morte do técnico Miguel Ángel Russo, no último dia 8, aos 69 anos, vítima de câncer de próstata. Claudio Úbeda assumiu interinamente o comando e tenta ajustar o time na reta final do Clausura, no qual ocupa a quarta posição do Grupo A.
O planejamento de 2026, no entanto, já está em curso. Riquelme pretende promover uma renovação gradual, mesclando nomes experientes com jovens formados nas categorias de base. A ideia é rejuvenescer o elenco e montar uma equipe mais competitiva para voltar a disputar títulos continentais.
Enquanto pensa em reforços, o Boca encara o Belgrano neste sábado (18), na Bombonera, com a provável escalação de Marchesín; Barinaga, Di Lollo, Costa; Aguirre, Battaglia, Paredes, Palacios; Merentiel e Milton Giménez. No banco, ficam os primeiros reflexos de uma nova era no clube: um elenco em transição e uma diretoria decidida a deixar 2025 para trás.
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