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Eagle Football, de Jhon Textor, acumula prejuízo bilionário e sofre queda brusca nas receitas

Holding apresentou desequilíbrio financeiro ao longo da temporada e receitas não cobrem custos da operação

Dia 02/12/2025
17:44
John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Clement Mahoudeau/AFP)
imagem cameraEagle Football Group apresentou resultados negativos em suas operações no comparativo da atual temporada com a anterior. (Foto: Clement Mahoudeau/AFP)

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As operações da Eagle Football Group, holding que tem Jhon Textor, dono da SAF do Botafogo, como um dos investidores, apresentou um prejuízo líquido bilionário no último ano. O balanço financeiro da empresa, divulgado na última semana, detalha os resultados financeiros obtidos pela marca, que é dona de clubes ao redor do mundo, entre eles o alvinegro carioca e o Lyon, da França. Ao comparar as cifras entre o junho de 2024 e junho deste ano, a Eagle viu seus receitas despencarem e o atual cenário financeiro piorou consideravelmente.

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Enquanto a holding tinha um resultado operacional lucrativo de pouco mais de 26 milhões de euros em 2024, o balanço financeiro mostrou que a empresa chegou a 2025 com um prejuízo de 105,7 milhões de euros, o que corresponde a R$ 936,2 milhões. O resultado operacional mede o lucro das atividades principais da empresa, excluindo juros e impostos.

Ao analisar o prejuízo líquido, a cifra chama ainda mais atenção. O valor é obtido após abater os custos e despesas totais da receita total da empresa, levando em consideração os impostos. Em 2024 a holding já atuava sob prejuízo, de pouco mais de 25 milhões de euros, mas o valor aumentou em mais de oito vezes e atingiu 201 milhões de euros em junho de 2025, o que corresponde a R$ 1,2 bilhão. O cenário de prejuízo comprova que a Eagle não tem conseguido cobrir todas as suas despesas com a receita gerada.

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A negociação de atletas também é um pilar que contribui para o desequilíbrio das contas da Eagle Football. Entre 2023/2024 e a atual temporada, o ganho de capital obtido com a venda de atletas caiu, saindo de 75,8 milhões de euros para 71,2 milhões. Também houve um aumento de pouco mais de 40 milhões de euros que são destinados ao total de parcelas de compras de atletas a serem pagas, entre curto prazo e longo prazo.

John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Franck Fife/AFP)
John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Franck Fife/AFP)

Tensão entre o Botafogo social e a Eagle

Em paralelo ao cenário financeiro negativo vivido pela Eagle Football, a ala associativa do Botafogo mantém uma relação tensionada com a holding que controla a SAF do alvinegro. Na última semana, um requerimento foi protocolado na Justiça do Rio de Janeiro para que a empresa pague 10% de uma dívida de R$ 1,5 bilhão que o clube social cobra dos donos da sociedade anônima.

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A ação, que tramita sob sigilo na 23ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ, cobra R$ 155 milhões da holding de maneira imediata e ainda cobra que Jhon Textor, dono da SAF, seja incluído como réu na ação movida pela ala social do Botafogo. A parte minoritária da SAF entende que há uma gestão temerária da holding no controle do clube.

CEO da SAF do Botafogo, Thairo Arruda afirmou nesta terça-feira (2) que as ações movidas na Justiça pelo Social estão prejudicando o clube no mercado. Durante o evento Conexão Governança – Capítulo Rio de Janeiro, promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o executivo declarou que está trabalhando para "pacificar" a situação.

— O que impacta muito é que o mercado olha o Botafogo de uma forma muito instável A gente vai conversar com o jogador, os agentes já falam: "Poxa, mas e aí, o que vai acontecer? Tem muita instabilidade no clube" — respondeu Thairo, questionado pelo Lance!.

➡️ Leia a matéria na íntegra: Conflito com Botafogo Social prejudica negociações do clube, diz CEO da SAF

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