Ataque indefinido e identidade tática: como o River deve chegar para a decisão da Libertadores

Gallardo ainda possui dúvidas no setor ofensivo, mas não deve mudar a característica do Millonario para a final diante do Boca Juniors, no Monumental

Marcelo Gallardo - River Plate
(Foto: Divulgação/River Plate)

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Marcelo Gallardo esteve em evidência por conseguir resultados técnicos e efetivos. A surpresa, no entanto, se deve ao fato de que, na Copa Libertadores, o comandante repetiu a mesma escalação apenas uma vez. Para ele, cada confronto merece uma avaliação singular, dependendo das características dos jogadores e do momento de cada um, além das virtudes e debilidades do adversário. Desta maneira, ousou de treze escalações e seis esquemas táticos. Com isso, qual será o plano armado por ele para a final do torneio continental diante do Boca Juniors, neste sábado, às 18h (de Brasília), no Monumental? 

O plano mais repetido foi o 4-4-2. Foram sete ocasiões. Com cinco defensores jogou duas vezes, uma delas no duelo de ida da grande final, que terminou em empate na Bombonera. Pratto, no entanto, teve de se adaptar a jogar acompanhando no ataque. Em apenas uma ocasião jogou como centroavante.

A lesão de Scocco e a suspensão de Borré abrem uma lacuna importante na equipe titular do River Plate. Uma das possibilidades seria não jogar com um segundo atacante, mas apostar numa linha de cinco no meio. A segunda opção seria com cinco defensores e três centrais como foi na partida de ida na Bombonera. As variantes no ataque seriam: Pratto, Mora e Júlian Álvarez. O primeiro é titular absoluto, marcou contra o Boca no jogo de ida e esteve presente em todos os jogos da Libertadores. O segundo tem apenas 18 anos e um gol marcado em amistosos. Outra possibilidade seria Quintero, que faria parte de um 4-3-2-1 à frente dos volantes com Pity Martinez.

A ideia principal é que os volantes trabalhem com o avanço dos laterais para que a bola chegue ao ataque. Montiel se tornou peça importante na parte ofensiva da equipe, sobretudo sem a bola, quando dá amplitude ao setor. Na falta dos pontas, tanto ele como Casco são os que devem se projetar dando suporte à frente.

Entre as ideias valorizadas, o treinador se distinguiu como jogador por sua hierarquia pelo toque. Como técnico, também é obsessivo no quesito e, hoje, sua prioridade é que o River monopolize o controle da bola contra qualquer rival. Igualmente, a alta pressão, identidade millonaria, gerou problemas aos xeneizes nos últimos clássicos. Não permitiu espaços para que o Boca construísse seu jogo, obrigando seus defensores à ligações aéreas.

Outra arma será Pinola, capaz de atrair a defesa rival para que outros jogadores possam infiltrar, rompe linhas defensivas e gera superioridade quando necessário. Pity Martinez, como Armani, terá todos os olhos voltados para sua atuação. Gallardo o terá como sua principal arma ofensiva. Ótimo no mano a mano, teve bom desempenho nos últimos super clássicos com gols vitais e rendimento superlativo.

O River atual, apesar do tático e técnico, tem um coração que não se cansa. É uma equipe que crê até o final, que não se rende e briga até o último minuto. Contra o Boca na Bombonera, se levantou quando foi preciso e conquistou um empate largo com sabor de vitória. Encontrou forças em campo adversário e tomou posse do cenário calando milhares de xeneizes. Essa é a alma da equipe de Gallardo. A continuação dessa história será algo que só a grandeza do futebol poderá contar.

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