Esquema novo, mas com a mesma essência: como o Boca deve chegar para a grande final da Libertadores

Guillermo Barros Schelotto estuda estratégias de como armar a equipe para o decisivo duelo diante do River Plate, neste sábado, no Monumental

Guillermo Schelotto
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No início da Libertadores, o técnico do Boca Juniors, Guillermo Barros Schelotto, mudou para ganhar. Abdicou do seu estilo ideal e escolheu o que melhor se adaptava à sua equipe. Desta maneira, buscará interromper a estratégia do River Plate, neste sábado, às 18h (de Brasília), na decisão do torneio continental, e prevalecer com seu mecanismo ofensivo.

É quase indiscutível a contundência com que conta o Boca Juniors, já que é uma equipe capaz de inventar gols. É um time que não joga bonito, mas é eficaz. Através de bons resultados obtidos com o 4-1-4-1, Guillermo garantiu uma identidade e classificações nesta Libertadores. A saída de Pavón no primeiro jogo da final, mudou tudo. O treinador teve de apostar em um 4-4-2 com uma dupla de 9, um estilo nunca utilizado antes.

Ainda sem equipe definida, Guillermo testou alguns jogadores que podem ser boa opção para o confronto. Andrada voltou após se recuperar de fratura na mandíbula. Além do goleiro, Buffarini poderá ganhar a titularidade na lateral e Gago ocuparia o lugar de Pablo Pérez. Pavón ainda é a grande incógnita. Após lesão sofrida no primeiro tempo do jogo de ida, os médicos optaram por esperar até o último segundo para definir se o jogador estará em condições de disputar a grande final.

Os Xeneizes precisarão ganhar por um gol de diferença e golpear com sua maior jogada: a rápida transição através da velocidade dos pontas. Uma das opções seria a ligação direta para a área millonaria. Com Ábila como referência, e o hipotético ingresso de Benedetto e Villa em velocidade, o River seria obrigado a jogar com seu cinco posicional para ter superioridade em sua zona defensiva, o que evitaria a maior característica do time de Gallardo: pressão na saída adversária.

Outro fator favorável no Boca, Villa é perfeito na disputa de bola, seja para concluir ou dar assistências. Benedetto, por sua vez, é o jogador que mais corresponde ao estilo de Guillermo, totalmente decisivo, pode ser a cereja do bolo mais uma vez. Almendra completa com seu dinamismo nas transições e qualidade na elaboração de jogadas. Fernando Gago é o toque diferente no meio, dono dos passes mais precisos devido à sua ótima visão de jogo. Outro ponto forte será Izquierdo, que apesar de erro fatal na partida de ida, trouxe uma melhora no setor defensivo e deu segurança nas jogadas aéreas, um dos pontos fracos do Boca.

Levando em consideração que pode ser uma partida de 120 minutos, em caso de empate em tempo normal, Villa poderia se aproximar dos três volantes (Nandez, Barrios e Pérez), fazendo com que Ábila jogue com outro à frente, que poderia ser Tévez. Carlitos se mostra em ótimo nível neste fim de ano, carrega uma liderança e espírito de equipe que o torna inigualável, a experiencia muitas vezes supre o desempenho e o jogador conta com o apoio da torcida para a titularidade.

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