Running back Rodrigo Pacquiao anuncia aposentadoria do futebol americano
Jogador encerra excelente carreira no FABR com apenas 28 anos
Um dos principais running backs do Brasil, Rodrigo Pacquiao, decidiu encerrar sua carreira no FABR. O ex-jogador, de 28 anos, revelou que tomou essa decisão devido à incompatibilidade de conciliar o futebol americano com outros projetos em sua vida.
- Eu sempre fui muito competitivo e isso foi uma das coisas que me fez me apaixonar pelo futebol americano. Mas, cheguei em um momento da minha vida em que não poderia dar o foco que eu gostaria para o esporte, por conta de estudo, trabalho e lesões. O futebol americano é um esporte muito desgastante e, para você se destacar, a dedicação tem que ser total. Para mim, não fazia sentido continuar jogando sem poder me dedicar 100% ao esporte, aos treinos e a ser o melhor atleta possível, então resolvi parar – afirmou Pacquiao.
Quando questionado sobre sua possível permanência no futebol americano de alguma forma, Rodrigo Pacquiao destacou que, atualmente, isso é impossível.
- Sinto muita falta do futebol americano, mas não consigo encontrar uma maneira de me manter ligado ao esporte com a mesma dedicação. Ainda tenho um relacionamento próximo com os jogadores do Vasco e estou disponível para ajudá-los fora de campo. No entanto, depois de tantos anos acordando cedo nos domingos e passando por lesões frequentes, estou aproveitando a aposentadoria e acompanhando o esporte de longe – comentou.
Sobre sua experiência em representar a Seleção Brasileira, Rodrigo Pacquiao afirmou que foi uma grande honra em sua carreira.
- Jogar pela Seleção era algo que eu nunca havia imaginado. Quando comecei, em 2015, apenas como um hobby, ser convocado ao lado dos melhores atletas do país foi algo realmente inimaginável. A experiência que tive no Training Camp da Seleção, treinando e aprendendo com os melhores, foi o ponto alto da minha carreira. Especialmente, aprendendo com jogadores como Maranhão, Jonatha Carvalho e Adolfo, os melhores running backs do país - destacou.
A aposentadoria de Rodrigo Pacquiao é a segunda de um jogador brasileiro convocado para o torneio seletivo do Mundial da categoria na Alemanha em 2025. Anteriormente, o linha defensivo Junior Briele também anunciou sua aposentadoria.
- A expectativa para o Mundial era alta, o que me fez adiar um pouco minha aposentadoria. No entanto, o adiamento tornou-se uma impossibilidade para mim. Continuar me dedicando 100% ao esporte por mais três anos seria inviável. No entanto, continuo torcendo pelos meus amigos da seleção, acredito que o Brasil vai surpreender - ressaltou Pacquiao.
Trajetória no FABR
Pacquiao deu início à sua carreira no futebol americano em 2015, jogando pelo Botafogo Reptiles. Ele passou por um processo de evolução e se tornou o principal running back da equipe. Em 2016, o jogador se mudou para os Estados Unidos, o que o obrigou a abandonar parcialmente o esporte, atuando apenas em jogos durante as férias de verão. No entanto, ao retornar ao Brasil em 2018, Pacquiao teve a oportunidade de jogar uma temporada completa novamente. Sua performance foi tão impressionante que ele foi convocado para a Seleção Carioca e recebeu o prêmio de Jogador Mais Valioso (MVP) em um jogo contra a Seleção Paulista.
Em 2019, com a fusão dos times, Pacquiao se tornou um jogador do Vasco Almirantes. Ele teve um desempenho excepcional, conquistando o Campeonato Carioca e sendo nomeado o MVP da competição. Além disso, ele teve uma ótima participação no Campeonato Brasileiro, sendo eleito o segundo melhor jogador da competição. Pacquiao também recebeu o prêmio de MVP do time All-Pro do Sudeste. Após a pausa causada pela pandemia, ele foi convocado para a Seleção Brasileira e jogou uma temporada completa no ano passado.
Neste ano, ele chegou a fechar com o Galo FA, mas não chegou a atuar pelo time, que foi eliminado pelo Rio Preto Weilers.
Sobre um lance marcante de sua carreira, Pacquiao lembrou um touchdown na final do Campeonato Carioca de 2019, quando ele fez a virada contra o Flamengo Imperadores.
- O touchdown mais marcante da minha carreira foi o da vitória sobre o Flamengo na final do Carioca de 2019. Montamos um grande time, fomos para o jogo como favoritos, mas não conseguimos nos encontrar em campo. Estávamos perdendo até o final do último quarto quando conseguimos finalmente encaixar uma boa corrida, peguei a lateral e mergulhei para marcar o touchdown da virada. A torcida estava em peso naquele dia, foi muito emocionante – recordou.