Resumo do Draft 2021 – Análise das seleções da AFC East, que agora conta com Mac Jones e Zach Wilson

Divisão conta, agora, com quatro quarterbacks em contrato de calouro e com potencial de brilhar na NFL

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Mac Jones posa com a camisa do New England Patriots (Eric J. Adler/New England Patriots)

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O natal dos fãs do futebol americano chegou ao fim no último sábado (1º), com a conclusão dos três dias do Draft da NFL. 259 jogadores foram selecionados pelas 32 franquias da NFL. O Seattle Seahawks foi quem menos draftou novos atletas, com apenas três seleções. Por outro lado, Carolina Panthers e Dallas Cowboys foram os dois times que mais adicionaram talentos ao seu elenco: cada um com onze novos jogadores contratados.

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Nesta semana, vamos fazer um apanhado dos sete rounds do Draft 2021, com enfoque individual em cada time. Um pequeno resumo com as necessidades atacadas, a melhor escolha e aquela faz a cabeça coçar. Nesta terça (3), a AFC East é o enfoque do Lance! Na divisão, os Pats e Jets contam com novos quarterbacks, com Mac Jones e Zach Wilson, respectivamente.

New England Patriots

Escolhas:
Mac Jones (QB), Christian Barmore (DT), Ronnie Perkins (DE), Rhamondre Stevenson (RB), Cameron McGrone (LB), Josh Bledsoe (S), William Sherman (OT), Tre Nixon (WR).

Resumo: New England contou com a sorte no último Draft e viu Mac Jones cair de bandeja até a posição número 15, não precisando sair do seu lugar de origem para apostar no quarterback de Alabama. Bill Belichick também conseguiu dois ótimos talentos em Barmore e Perkins nas seleções seguintes, que caíram no Draft por questões extracampo.

Melhor valor: Christian Barmore poderia ter saído na 15ª escolha do primeiro round, para o próprio New England Patriots, se apenas o talento dele estivesse em discussão. O jogador caiu por algumas dúvidas em relação ao seu esforço e atenção durante treinamentos e instruções. Se Belichick e a comissão técnica patriota conseguirem motivar o defensor, ele pode ser uma adição fantástica na linha defensiva da equipe.

Alguém entendeu?: Rhamondre Stevenson é um corredor para situações de goal line e para arrancar as jardas mais difíceis. Seu estilo de jogo remete ao de LeGarrette Blount , de tanto sucesso nos Pats. No entanto, running back é uma posição que New England já estava bem servido, com Damien Harris, Sonny Michel e James White no elenco.

New York Jets

Escolhas: Zach Wilson (QB), Alijah Vera-Tucker (OG), Elijah Moore (WR), Michael Carter (RB), Jamien Sherwood (S), Michael Carter II (S), Jason Pinnock (CB), Hamsah Nasirildeen (CB), Brandin Echols (CB), Jonathan Marshall (DT).

Resumo: Os Jets focaram seus esforços em dar armas para Zach Wilson ser bem sucedido em Nova Iorque. O novo quarterback deve assumir a titularidade já no dia 1 e vai contar com Alijah Vera-Tucker o protegendo no miolo da linha ofensiva e Elijah Moore recebendo passes no slot. Michael Carter é uma outra boa adição ao ataque, especialmente em situações de terceira descida, quando aparecerá como opção para o passe. Por falar em Michael Carter, os Jets selecionaram dois – além do running back também draftou o Safety de Duke que tem o mesmo nome.

Melhor valor: Hamsah Nasirildeen no sexto round foi um achado de Joe Douglas e o estafe do New York Jets. O safety tinha talento para estar no top-50 desta classe, mas caiu por questão física, com algumas lesões sérias o incomodando nos dois últimos anos. Caso se mantenha saudável, Nasirildeen pode se tornar um titular na secundária dos Jets e patrulhar o meio do campo, além de dar suporte contra a corrida.

Alguém entendeu?: Jamien Sherwood é um jogador com bom tamanho e peso para a posição de safety, líder quando atuou em Auburn, mas o atleticismo é um pouco aquém do que se espera de um atleta da NFL. Talvez os Jets planejem utilizar o jogador numa posição híbrida entre safety e linebacker, o evitando colocar em situações de passe onde possa ser exposto.

Miami Dolphins

Escolhas:
Jaylen Waddle (WR), Jaelan Phillips (Edge), Jevon Holland (S), Liam Eichenberg (OT), Hunter Long (TE), Larnel Coleman (OT), Gerrid Doaks (RB).

Resumo: Com Tua indo para seu segundo ano, os Dolphins resolveram dar uma arma de alto calibre na primeira seleção no Draft de 2021, adicionando o velocista Jaylen Waddle ao corpo de recebedores. A equipe também valorizou o setor defensivo, com Jaelan Phillips – possivelmente o melhor pass rusher deste Draft – e Jevon Holland – um híbrido de nickel e safety. Os Dolphins ainda encontraram excelente valor no meio do segundo round com a adição de Liam Eichenberg, que, apesar dos braços curtos quando se olha o habitual na posição de tackle, é técnico e pode se tornar o protetor do lado cego de Tua.

Melhor valor: Jaelan Phillips é uma força pela extremidade da linha defensiva. O jogador é disruptivo e presença constante no backfield dos adversários, afetando tanto o passe quanto a corrida. Pesa contra Phillips apenas o histórico de concussões, que o fizeram até aposentar do futebol americano quando estava na universidade. Caso o problema não o incomode da NFL, pode superar e muito o valor da posição que foi selecionado.

Alguém entendeu?: Jevon Holland tem talento de segunda rodada, porém ao escolhê-lo, Miami Dolphins abriu mão de Richie Grant e Trevon Moehrig, dois jogadores da posição de safety e que são considerados melhores atletas pela crítica especializada. Uma explicação possível é que os Dolphins enxerguem Holland como um nickel ao invés de safety propriamente dito.

Buffalo Bills

Escolhas:
Gregory Rousseau (Edge), Carlos Basham (Edge), Spencer Brown (OT), Tommy Doyle (OT), Marquez Stevenson (WR), Damar Hamlin (S), Rachad Wildgoose (CB), Jack Anderson (OG).

Resumo: Os Bills foram uma das melhores equipes na temporada 2020, mas ainda pecava em alguns aspectos. O mais gritante era o jogo corrido ineficiente. A equipe nova-iorquina não adicionou nenhum RB, mas focou em fortalecer a linha ofensiva, para tentar criar mais buracos na defesa para Zach Moss e Devin Singletary atacarem. Foram três seleções de OL. Outro ponto de enfoque foi gerar pressão através do edge, com as duas primeiras escolhas atacando essa necessidade.

Melhor valor: Carlos Basham. O pass rusher é atlético e físico, explodindo após o snap e atacando o tackle adversário. Por suas características físicas, com grande envergadura e braços longos, o pass rusher também pode alinhar em uma variedade de posições, trazendo flexibilidade à defesa nova-iorquina.

Alguém entendeu?: Greg Rousseau é um pass rusher de enorme potencial, mas com piso baixo, pela técnica limitada pelo fato de ainda estar aprendendo a atuar como edge rusher. Rousseau também optou por não atuar em 2020, o que limitou os scouts de poderem acompanhar sua evolução na posição. Apesar disso, se Buffalo tiver paciência para desenvolvê-lo pode ser um grande achado no final da primeira rodada.

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