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Sobre o Ganso do Fluminense. Ou o Fluminense do Ganso

Camisa 10 se consolida cada vez mais como ídolo do clube

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Pedro Brandão
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/12/2025
08:00
Ganso com a taça da Libertadores em 2023 (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)
imagem cameraGanso com a taça da Libertadores em 2023 (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

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Curiosamente, é possível entrelaçar a carreira do Ganso ao Fluminense desde que o meia começou no futebol. Uma parte dela é só coincidência: os primeiros passos do jogador que encantou o futebol brasileiro no Santos, de 2008 até 2012. A atual é diretamente ligada, afinal o craque é atleta do clube há seis anos.

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Enquanto Henrique, como é chamado pela família, começava a encantar o futebol brasileiro no Santos, o Fluminense também vivia um momento de glória. Entre 2008 e 2012, duas finais continentais, dois brasileiros e um Carioca para o Tricolor. Depois disso, as grandes conquistas desapareceram. O mesmo aconteceu com o brilho de Ganso, que ficou no São Paulo. O tempo que o camisa 10 esteve na Europa foi o pior da sua carreira e coincidiu com o momento mais difícil do Fluminense no século. Até os dois se encontrarem em 2019. Desde esse momento, o Fluminense foi indispensável para Ganso. E Ganso indispensável para o Fluminense.

Como o próprio jogador disse após fazer o gol da vaga direta na Libertadores contra o Bahia, nenhuma temporada foi simples desde a chegada. Lesões, choques com técnicos, briga contra o rebaixamento, e princiapalmente brigas por taças. Tudo isso aconteceu. Mas a imagem final é de um jogador que entregou tudo pelo seu clube e se tornou um dos grandes ídolos da história da instituição. E de uma torcida que abraçou um novo Ganso. Um jogador que apanhava – muitas vezes injustamente – , da mídia, mas que tinha seu valor reconhecido pelo torcedor.

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Ano a ano

Em 2019, o Flu tem Ganso como seu grande líder na fuga do rebaixamento, inclusive para demitir Oswaldo de Oliveira, que fazia um péssimo trabalho. No ano seguinte, preterido por Odair Hellman, viveu sua pior temporada no clube, suportou críticas aguardou seu espaço. Em 2021, também não estava entre as primeiras opções de Roger Machado inicialmente, mas o campo gritou e transformou o time que só foi eliminado da Libertadores nas quartas de final após a sua lesão.

Ganso pelo Fluminense em 2019 (Foto: Mailson Santana/FFC)
Ganso pelo Fluminense em 2019 (Foto: Mailson Santana/FFC)

A partir de 2022, o renascer com Abel e o reencontro com Diniz. Mais uma vez Ganso não iniciou o ano entre as primeiras opções. Mais uma vez o campo gritou. Brilhando no Carioca, o meia assumiu a titularidade somente na final contra o Flamengo e botou o jogo no bolso. O primeiro grande título dele e do Flu juntos. Nesse ano, o Tricolor viu a melhor versão do Fluminense dos últimos anos, e ela tinha Ganso como seu maestro.

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Passa mais um ano e o jogador continua como o regente do bicampeonato carioca. Só a história se apronfunda. Ganso agora fecha o ano como um dos protagonistas e líderes do maior título da história do Fluminense, a Libertadores. E foi só nesse momento que a mídia descobriu o que a torcida tricolor já sabia há muito tempo. O Ganso que encantou o futebol brasileiro quando garoto ainda existia, só estava um pouco diferente. Já ídolo do clube, em 2024 o camisa 10 viveu um dos seus melhores anos individuais pelo clube. Coletivamente a temporada foi difícil. Mais uma vez, Ganso é um dos grandes nomes de uma fuga de rebaixamento.

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Ganso, ídolo do Fluminense

Nessa temporada, veio o capitulo mais difícil da relação. Ganso foi diagnosticado com miocardite e passou por um dos momentos mais complicados da carreira. Mas é nos momentos mais complicados que a idolatria se fortalece. Mesmo sem jogar praticamente o ano inteiro por questões de saúde, Ganso teve o nome cantado pelo Maracanã todas as vezes em que esteve disponível. O craque retribuiu com o gol da vaga direta na Libertadores. Do jeito que só ele sabe fazer, parando o tempo. Em um jogo truncando, uma cavadinha, um respiro, 1 a 0.

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O Fluminense que termina o Brasileirão de 2025 como terceiro time que mais venceu na década, atrás somente de Flamengo e Palmeiras, tem um rosto. Desde o início da reconstrução, de 2019 até agora, se antes o Tricolor tinha a imagem da camisa 9 entre 2008 e 2012 por conta do ídolo Fred — dessa vez uma parte grande da torcida vai dizer que o atual momento do Fluminense veste a camisa 10. O 10 que estampa o uniforme de Ganso.

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As histórias que foram possíveis de ser entrelaçadas desde o início, no começo de Ganso e nos grandes títulos do Fluminense — anos atrás, se encontraram e se tornaram quase que inseparáveis. Existe um Ganso do Fluminense e existe um Fluminense do Ganso.

Ganso e Thiago Silva comemoram gol pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/ Fluminense FC)
Ganso e Thiago Silva comemoram gol pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/ Fluminense FC)

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