Léo Ortiz atualiza situação no Flamengo e revela bastidores da Libertadores
Zagueiro se prepara para voltar a campo na disputa da Copa Intercontinental

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O zagueiro Léo Ortiz, que se recupera de lesão no tornozelo direito, conversou com a "Flamengo TV" nesta terça-feira (9), no Catar. Com expectativa de jogar o duelo com o Cruz Azul pela Copa Intercontinental, já nesta quarta, o defensor detalhou a evolução física nos últimos dias.
— Estou bem, cada vez melhor. Esses treinos nas últimas semanas, antes da final da Libertadores e do Mundial, estão sendo muito importantes. É uma lesão muito chata, das maiores que tive. Você volta, mas sente incômodos nos treinos e jogos. Mas o importante é a maneira que você lida com isso: esses treinos mais fortes com o grupo estão me deixando mais confiante para voltar. A cada dia, me sinto melhor. Estou com saudades de estar em campo — contou.
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O camisa 3 rubro-negro se machucou em outubro e jogou no sacrifício contra o Racing, a partida de volta da semifinal da Libertadores. Depois, não atuou mais, focado em retornar para a decisão diante do Palmeiras. No dia do confronto, porém, conversou com Filipe Luís e disse que entenderia se não fosse titular por não estar nas melhores condições físicas. O técnico, então, optou por Danilo, que marcou o gol do título. Ao canal do clube, Léo contou bastidores dessa decisão.
— Eu acho que, se já tivesse vivenciado uma final da Libertadores, teria sido mais fácil. Foi minha primeira oportunidade de vivenciar isso e foi difícil tomar essa decisão de falar isso. Mas era momento de pensar exclusivamente no grupo, no Flamengo, e tirar essa vaidade de disputar a primeira final. Eu poderia jogar, realizar meu sonho, e atrapalhar (o time) por esse problema. Deixei o Filipe Luís tomar a decisão dele, o Danilo jogou e ajudou a coroar tudo que construí na competição, os gols que fiz, os momentos que ajudei. O mais importante era coroar isso — relatou.

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O defensor do Flamengo passou os 90 minutos e acréscimos da final da Libertadores no banco de reservas. Mas a verdade é que estava doido para entrar em campo, nem que por uns minutos.
— Acredito que vou ter outra oportunidade (de jogar uma final de Libertadores), batalharei muito para isso. A conversa com o Filipe foi muito boa, coloquei nas mãos dele. Se optasse por mim, iria fazer o possível para sentir o mínimo de dor. Mas que ele escolhesse quem estivesse melhor, que era o Danilo, e ele nos deu esse título com um grande gol. No final, queria uns cinco minutinhos para ajudar a defender (risos). Quando o Léo (Pereira) caiu na comemoração, pensei que era minha hora (risos). Estamos todos marcados na história, independentemente de quantos minutos e jogos jogamos — falou.
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Agora, a expectativa de Léo Ortiz é voltar a jogar na Copa Intercontinental. O primeiro desafio acontece nesta quarta-feira (10), às 14h (de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali. E o time parece ter sido muito bem preparado por Filipe Luís, conforme detalhou o zagueiro:
— Primeiro, vem o Cruz Azul, que jogou recentemente, chegou mais perto do jogo, pode sentir o fuso horário. Mas não serve de nada se não fizermos por merecer em campo, é o que estamos buscando nos treinos, o Filipe Luís colocando a maneira como vão nos marcar e como devemos marcá-los. É a primeira de três finais. Não tem repescagem. É ganhar para alcançar o objetivo de ser campeão mundial.
Outras respostas de Léo Ortiz, zagueiro do Flamengo
Situação física dos jogadores do Flamengo na Copa Intercontinental
— Não é o auge físico, como no Mundial de Clubes, pela quantidade de jogos. Mas, pelos jogadores que temos, revezamos bem o grupo e chegamos em boa condição, com confiança. Em uma semana, disputamos duas finais e vencemos as duas. Mas a confiança não basta, temos que ir lá e vencer o adversário. As pessoas nos colocam como favoritos, mas isso não basta. É um novo jogo, o título da Libertadores não dá vaga na final do Mundial.
Bastidores da decisão de jogar "no sacrifício" contra o Racing
— Fiquei pensando com amigos e família: e se optasse por esperar e não jogasse contra o Racing? O Danilo poderia ter dado conta do recado, mas o destino poderia não ser esse. Então, o dever foi cumprido. Fiz o que tinha que fazer pela equipe no jogo contra o Racing, e o Danilo completou o serviço na final de maneira gloriosa, com o gol do título.
Idolatria e sonho do Mundial de Clubes
— A gente já está marcado, isso não tem como tirar. Conseguimos o tetracampeonato, o ênea do Brasileiro. Esse patamar de Zico, Andrade, Adílio, Leandro... São poucos que vão chegar lá, talvez Bruno (Henrique) e Arrasca. Mas podemos ter outro campeão mundial, a gente tem essa oportunidade de falarem: os campeões mundiais de 1981 e 2025. Seria especial, marcaria demais a carreira de todos nós. A gente espera que possa conquistar essa marca especial para o clube e nossas vidas.
Parceria com os zagueiros Léo Pereira e Danilo
— É uma parceria muito boa, sabemos o nível um do outro, o quanto cada um foi importante. No início da temporada, o Danilo ficou fora por lesão e jogamos 14 jogos seguidos, eu e Léo Pereira. Agora, no final, aconteceu comigo e eles deram conta do recado. Está sendo uma parceria muito boa, a gente sabe a necessidade de ter jogadores de alto nível na mesma posição. A gente quer jogar todos os jogos, mas aqui é quase impossível, jogão toda quarta e domingo. Criamos essa parceria, que está sendo muito benéfica para o Flamengo. Eu nem conversei muito com o Danilo no dia (da final da Libertadores), conversei com o Filipe e logo teve a preleção. Depois, cada um foi comemorar, comemoramos juntos. São decisões da equipe, todos estávamos preparados para jogar. É a mentalidade que temos e o Filipe passa. A gente nunca sabe o que pode acontecer de um dia para o outro.
Carreira de Filipe Luís como treinador
— Era o sonho dele treinar o Flamengo e treinar os melhores, sempre diz isso. Eu acho que ele se realiza todos os dias, a motivação dele é treinar o clube do coração, o Flamengo, e ter os melhores do Brasil à disposição. A gente procura ajudar da forma que pode, mas é um cara que estuda muito, trabalha muito, um viciado nisso. É um prazer trabalhar com ele, ver essa construção. Não parece, mas são dois anos como treinador, um ano e meio no profissional. Ver essa construção como treinador, esse começo absurdo, mostra o que ele pode se tornar para o mundo. Espero que por muitos anos no Flamengo, com muitos títulos. Muito legal ver o amadurecimento dele como treinador e líder.
Influência do pai, Ortiz, ex-jogador de futsal
— Logo pequeno, quando comecei a jogar, eu era pivô (futsal), como meu pai. Depois, quando comecei a entender e gostar, por marcar muito meu pai em casa, em pelada, comecei a tomar gosto por isso. Comecei a conversar com ele e, quando passei a jogar futsal competitivo, virei fixo. Fui para o campo como volante e permaneci assim até o Sub-20, quando fui para a zaga, para jogar de frente e não correr tanto. De zagueiro, consigo impactar mais no jogo. E meu pai sempre foi muito tranquilo comigo, com relação a essa pressão de ser filho de jogador. Sempre priorizou o estudo, a escola. E, a partir daí, poderia escolher o que quisesse. Mas, independentemente do que escolhesse, queria que fizesse com 100% da dedicação e foco. Foi isso que me passou. Nunca foi uma obrigação ser jogador de futebol. Hoje, ele desfruta muito, é muito realizado, mas nunca foi um sonho dele. Foi um sonho meu, que trabalhei muito para alcançar.
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