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Promotor aponta irregularidades e pede intervenção judicial no Corinthians

Representante reúne apontamentos sobre a administração alvinegra

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Guilherme Lesnok
São Paulo (SP)
Dia 18/11/2025
20:34
Votação do impeachment de Augusto Melo acontece no Parque São Jorge, sede do Corinthians (Foto: Ulisses Lopresti/ Lance!)
imagem cameraParque São Jorge, sede do Corinthians (Foto: Ulisses Lopresti/ Lance!)

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O promotor Cássio Roberto Conserino, integrante do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), encaminhou à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social um pedido para que o Poder Judiciário avalie uma possível intervenção judicial no Corinthians. A informação foi incialmente publicada pelo 'ge'.

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A medida não pode ser determinada diretamente por Conserino, já que sua atuação é restrita à área criminal. A solicitação ficará sob avaliação do setor cível do Ministério Público. O ofício foi elaborado em 11 de novembro. 

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Vale destacar que o promotor também conduz as apurações sobre possíveis irregularidades no uso dos cartões corporativos do Corinthians.

Entre os 25 pontos reunidos no documento, o promotor destacou, por exemplo, os indícios de notas frias emitidas por uma empresa considerada de fachada e as suspeitas de desvio de materiais esportivos na atual gestão. Também mencionou o uso contínuo de cartões corporativos por ex-dirigentes após o fim de seus mandatos, além de outras situações que, segundo ele, reforçam a necessidade de análise judicial.

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Veja abaixo os 25 pontos levantados em relação ao Corinthians

    1.
  1. Laudos de auditores externos com apontamentos de irregularidades;
  2. 2.
  3. ⁠O Corinthians é patrimônio cultural, cuja proteção é competência do Ministério Público;
  4. 3.
  5. ⁠Denúncia oferecida e recebida em face do ex-presidente Augusto Melo, dentre outros, por associação criminosa e lavagem de capitais;
  6. 4.
  7. ⁠Denúncia oferecida em face do ex-presidente Andres Sanches e então gerente financeiro da atual gestão, Roberto Gavioli, por apropriação indevida e lavagem de capitais;
  8. 5.
  9. ⁠Investigações em face de outros ex-presidentes em tramitação;
  10. 6.
  11. ⁠Investigação na Delegacia de Polícia de Repressão aos Direitos de Intolerância Esportiva de volumoso desvio de material esportivo por dirigentes da atual gestão;
  12. 7.
  13. Sistema de compliance inoperante;
  14. 8.
  15. ⁠A assinatura por ex-presidente e por gerente financeiro, que também atua na gestão atual, de confissões de dívidas então extintas por prescrição;
  16. 9.
  17. ⁠Regime Centralizado de Execuções não cumprido e não homologado, contendo inclusive contratos lesivos ao clube;
  18. 10.
  19. ⁠Pedido de intervenção judicial formulado por credor nos autos do Regime Centralizado de Execuções;
  20. 11.
  21. Gestão temerária ao assumir a terceira maior folha de pagamento do país;
  22. 12.
  23. ⁠Notas supostamente frias emitidas pelo Oliveira Minimercado, citada como empresa de fachada, tendo como único cliente o Corinthians, cujos valores saíram dos cofres do clube;
  24. 13.
  25. ⁠Boletins de ocorrência informando supressão de documentos de dentro do clube;
  26. 14.
  27. ⁠Indícios da presença de crime organizado consubstanciado no pagamento de comissões da VAIDEBET a empresa supostamente ligada ao crime organizado;
  28. 15.
  29. ⁠Atletas profissionais instalados em apartamento de propriedade do “Alemão” (José Carlos Gonçalves), suposto integrante de organização criminosa;
  30. 16.
  31. ⁠Postos de gasolina supostamente ligados ao crime organizado licenciados com a marca Corinthians;
  32. 17.
  33. ⁠Recibo de pagamento pelo Corinthians a ex-assessor parlamentar do ex-presidente André Sanchez, alvo de investigação ministerial, ligado a facção criminosa envolvendo uso de cooperativas de transporte urbano em São Paulo;
  34. 18.
  35. Inobservância do estatuto para o impeachment de Augusto Melo, cuja entrega das atas do atual Conselho Deliberativo foi sonegada, a despeito de ordem judicial;
  36. 19.
  37. ⁠Uso de cartão corporativo por ex-dirigentes, mesmo após final dos seus mandatos;
  38. 20.
  39. ⁠Endividamento impagável, segundo laudos de profissionais externos independentes;
  40. 21.
  41. ⁠Ameaça a testemunha perpetrada por investigado no caso do desvio de materiais esportivos, então integrante da atual gestão;
  42. 22.
  43. Transferban da Fifa em valores milionários por falta de pagamento de atletas;
  44. 23.
  45. ⁠Práticas de atos que podem caracterizar gestão temerária dentro da entidade desportiva;
  46. 24.
  47. ⁠Desorganização institucional da gestão financeira, com omissão dos órgãos deliberativos e de controle;
  48. 25.
  49. ⁠Outras dezenas de outras possíveis irregularidades envolvendo contratos duvidosos, TV Corinthians, contratação de jogadores de base, licenciamento de marcas com pagamento de royalties insignificantes ao clube, contratos com cláusulas leoninas, relação com empresas de fachada ou fantasmas sob investigação do Ministério Público.
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