Pupilo de Sir Alex Ferguson, torcedor de berço e recusa ao Flamengo: quem é Rafael, alvo do Botafogo

Lateral-direito, com negociações para defender o Alvinegro, chama ex-treinador do Manchester United de 'pai', é botafoguense e já negou uma proposta do Rubro-Negro

Rafael - Manchester United
Rafael, alvo do Botafogo, em ação pelo Manchester United (Foto: Andrew Yates / AFP)

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Rafael nunca vestiu a camisa do Botafogo dentro de campo em uma partida, mas provavelmente está acostumado a vestir preto e branco durante toda a vida. O lateral-direito, que tem negociações para defender o Alvinegro na Série B do Brasileirão, é torcedor do Glorioso de berço.

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Revelado pelo Fluminense, Rafael foi vendido ao Manchester United ainda com 17 anos junto com Fábio, seu irmão gêmeo. O lateral-direito ficou nos Red Devils por sete anos e criou uma identificação na Inglaterra.

Por lá, trabalhou com Sir Alex Ferguson, o técnico mais vitorioso da história do Manchester United. O comandante foi praticamente responsável por toda a formação de Rafael como jogador e crescimento profissional. Não à toa, o lateral-direito o chama até de "pai".

Alex Ferguson
Sir Alex Ferguson é importante para Rafael (Foto: AFP / Tim Hales)

– Ele me deu muitos conselhos. Meu pai sempre me aconselhou sobre a vida. O Alex também, mas ele dava conselhos sobre como viver a vida no futebol, como se portar como um jogador profissional. No futebol, ele com certeza foi o meu pai - afirmou Rafael, em entrevista à "ESPN" americana em abril de 2020.

– Ele era honesto. Todos sabem da mentalidade vencedora que ele tinha, mas era uma pessoa que ajudava todos a todo momento. Mas não aquele tipo de ajuda de fazer coisas, mas sim dizer o que era o certo a ser feito. Comigo e com meu irmão isso aconteceu várias vezes - completou.

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A relação entre os dois era tão positiva que Sir Alex Ferguson uma vez até comparou Rafael com Bryan Robson, um dos jogadores mais marcantes da história do Manchester United.

– Eles (Rafael e Fábio) são talentos incríveis mas continuam tendo lesões. Eles são robustos, fortes, mas isso (lesões) pode acontecer pela maneira que jogam, Robson era justamente assim. Eles não veem perigo. São muito promissores, jogadores muito positivos. Isso é o que eu amo sobre eles. Eles não têm medo de jogar da maneira que jogam - afirmou o ex-técnico ao "Sports Mole", em 2011.

IDENTIFICAÇÃO COM O BOTAFOGO
Parecia escrito: Rafael jogaria no Botafogo um dia. Ainda não tem nada confirmado, mas a tendência é que o negócio se desenrole para um final feliz. Torcedor do Alvinegro de berço, o lateral-direito já comentou sobre a vontade de defender o Alvinegro.

– Eu quero terminar minha carreira no Botafogo, mas primeiro precisa ter uma proposta. Não adianta só eu querer, o Botafogo precisa querer também. Se eu tivesse como opções o Botafogo e outro clube no Brasil, eu escolheria o Botafogo sem dúvida nenhuma - comentou ao "Canal do TF" em 2020.

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O jogador de 31 anos não mentiu. Em 2018, quando o contrato com o Lyon-FRA estava para terminar, Rafael recebeu uma proposta do Flamengo. Agradeceu, mas recusou pela identificação com o Glorioso.

– Acho que no Brasil, pelo meu amor ao futebol, os dois clubes que eu jogo são Botafogo, meu clube de coração, e o Fluminense, pelo carinho e tudo que fizeram por mim. Houve a proposta (do Flamengo), muito boa, mas eu sou botafoguense - confessou ao "Esporte Interativo".

Rafael - Lyon
Rafael também jogou no Lyon (Foto: AFP Photo/LOIC VENANCE)

COMO CHEGA
Rafael jogou a última temporada no Basaksehir. O clube, então atual campeão turco, passou por instabilidades fora de campo que acabaram refletindo nas quatro linhas e a equipe não conseguiu repetir o mesmo desempenho da temporada passada, brigando para não cair.

Na Turquia, atuou em 21 dos 40 jogos da equipe de Istambul no campeonato nacional. Se destacou pelo bom aproveitamento nas disputas individuais no sentido defensivo: ganhou 56% dos duelos aéreos e teve 50% de sucesso em disputas de recuperação de bolas que participou.

O lateral não era o jogador mais ativo no último terço - tanto que não marcou gols ou deu assistências no último Campeonato Turco -, mas era importante para que a bola chegasse até o campo ofensivo: ele dava 15 passes em direção ao campo adversário por jogo - mais da metade da média de passes que tinha em uma partida. Os dados são do "SofaScore".

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