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Frustração no fim do ano mostra que a régua elevou para o Bahia

Tricolor evolui, mas precisa aprender a se comportar em jogos grandes

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Rafael do Carmo
Salvador (BA)
Dia 08/12/2025
18:09
Atualizado há 1 minutos
Atletas do Bahia antes de jogo na Arena Fonte Nova (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)
imagem cameraAtletas do Bahia antes de jogo na Arena Fonte Nova (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)

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A cada ano que passa, as exigências da torcida, e até mesmo internamente, aumentam para o Bahia, que agora tem um projeto que promete protagonismo nacional e continental no médio e longo prazo. É fato que o Tricolor evoluiu em relação a 2024, mas o desfecho pode ser considerado frustrante nas principais competições da temporada, uma prova concreta de que a régua está elevada e, em algum momento, esse protagonismo vai ter que virar rotina.

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A começar pelo Campeonato Brasileiro, o Bahia entrou em campo na tarde do último domingo precisando só de uma vitória no confronto direto contra o Fluminense para garantir vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2026. Era essa, inclusive, a meta principal nesta temporada. Se ano passado o clube garantiu uma classificação histórica para a Pré-Libertadores e voltou à competição continental depois de 36 anos, o momento desta vez era de dar um passo adiante.

Mas o Bahia, mais uma vez, tropeçou nos próprios erros e voltou a sucumbir em jogos decisivos fora de casa, uma marca do time de Rogério Ceni em 2025. A derrota por 2 a 0 no Maracanã deixou o time estacionado com 60 pontos, na sétima posição, desempenho que o levará novemente a fase prévia do torneio continental.

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Jean Lucas em ação contra o Fluminense no Maracanã (Foto: Atletas do Bahia antes de jogo na Arena Fonte Nova (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)
Jean Lucas em ação contra o Fluminense no Maracanã (Foto: Atletas do Bahia antes de jogo na Arena Fonte Nova (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)

Mesmo que o objetivo principal tenha ficado para trás, não dá para dizer que não houve evolução. E isso para o projeto é muito importante. Além de bater o recorde do ano passado e confirmar a melhor campanha do time na era dos pontos corridos, o Bahia teve o melhor desempenho em casa depois de quase 40 anos e mostrou que tem margem para crescimento.

— De bom ficam os dois títulos, o regional e o estadual. Também a experiência na Pré-Libertadores, com a classificação. Na Libertadores não conseguimos a classificação. Na Copa do Brasil, caímos em um jogo bem ruim que fizemos. E o Campeonato Brasileiro lutamos até a última oportunidade. Acho que, por esses 90 minutos de hoje, poderia ser um final mais doce e valioso. O jogo de hoje, infelizmente, condiciona uma avaliação mais negativa. Vamos voltar a partir do dia cinco de janeiro para se preparar. E começa tudo de novo em janeiro. Temos que dar um jeito de voltar para a fase de grupos da Libertadores e se manter firme no Campeonato Brasileiro — avaliou Ceni depois da derrota para o Fluminense.

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O Bahia perante o continente

Time do Bahia reunido antes do jogo contra o Inter pela Libertadores (Foto: Maxi Franzoi/AGIF/GazetaPress)
Time do Bahia reunido antes do jogo contra o Inter pela Libertadores (Foto: Maxi Franzoi/AGIF/GazetaPress)

A participação do Bahia na Libertadores 2025 foi muito mais do que um teste para o elenco que recebeu mais R$ 200 milhões em investimentos. Era o momento do torcedor aproveitar e voltar a viver a competição que uma geração inteira sequer viu o Bahia jogar.

A missão do Tricolor não foi nada fácil, já que pegou logo de cara o grupo da morte, com Internacional, Nacional (URU) e Atlético Nacional (COL). A equipe de Rogério Ceni começou até bem e deu esperanças ao torcedor, com duas vitórias (Atlético Nacional e Nacional) e um empate (Internacional). O Bahia chegou a liderar o Grupo F. Mas, na segunda metade da fase de grupos, a equipe baiana "desceu a ladeira" e perdeu os três jogos (dois deles como visitante), que custaram a classificação.

De consolo, ficou a vaga nos play-offs da Sul-Americana, mas uma nova atuação decepcionante fora de casa, desta vez contra o América de Cali, deixou o Bahia pelo caminho depois de empatar na Arena Fonte Nova.

Os jogos longe de Salvador, inclusive, foram o grande obstáculo para o Bahia nesta temporada. A sensação é que o time ficou acanhado em alguns momentos e ainda precisa aprender a encarar jogos grandes em situações adversas. Foi isso que fez a equipe ser eliminada da Copa do Brasil, pelo próprio Fluminense, no Maracanã, depois de construir uma vantagem de 1 a 0 na Fonte Nova.

As conquistas

Jogadores do Bahia com as taças da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano (Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia)
Jogadores do Bahia com as taças da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano (Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia)

Mas não só de frustração viveu o Bahia de 2025. Com ótimas campanhas no Campeonato Baiano e na Copa do Nordeste, o Tricolor voltou a fazer a dobradinha de títulos depois de 24 anos e confirmou a hegemonia regional.

No Baianão a campanha foi de superação depois de um início turbulento com apenas dois pontos somados em três jogos, todos disputados com garotos da base. Na final, o Tricolor venceu clássico contra o Vitória na Arena Fonte Nova e segurou o empate no Barradão para levantar o caneco pela 51ª vez.

Já na Copa do Nordeste, a campanha foi quase irretocável, com deslizes só contra o Confiança (também com um time alternativo) e Juazeirense. Na grande decisão, a equipe confirmou o favoritismo e aplicou duas goleadas no Confiança para conquistar o pentacampeonato.

Projeções para 2026

Rogério Ceni em Bahia x Bragantino (Foto: Fillipe Alves/Agência F8/Gazeta Press)
Rogério Ceni em Bahia x Bragantino (Foto: Fillipe Alves/Agência F8/Gazeta Press) Agencia F8/Agencia F8

Depois de um 2025 complexo e cansativo - o Bahia foi o time da Série A que mais entrou em campo, com 80 jogos -, a equipe deve ter um pouco mais de folga no ano que vem, já que não vai jogar a Copa do Nordeste. Mas, independente do calendário, é preciso encorpar ainda mais o elenco para pensar ainda mais alto, seguindo a lógica de dar passos cada vez mais largos, seja na Libertadores, Brasileirão ou Copa do Brasil. Já seria uma prova de crescimento em tanto para a torcida.

O elenco do Bahia se reapresenta no dia 5 de janeiro, no CT Evaristo de Macedo, para dar início à pré-temporada.

— Não sou uma pessoa que diz que já fez, conquistou. A gente tem que querer crescer, caminhar um passo à frente. [2026] é um ano mais concorrido e disputado que foi nesse ano pelo Campeonato Brasileiro iniciar em janeiro. Vamos tentar trabalhar, usar jogos do Baiano como preparação — completou Ceni.

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