Em declínio no saibro, Nadal começa busca pelo quarto título no Brasil

Espanhol inicia sua terceira participação no Aberto do Rio. Mas a fase não é nada boa...

Nadal busca seu quarto título no Brasil
Rafael Nadal busca o quarto título em solo brasileiro (Foto: Bruno Lorenzo/FotoJump)

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Nunca Rafael Nadal, número cinco do mundo e nove vezes campeão de Roland Garros, chegou tão em baixa a uma edição Aberto do Rio como neste ano olímpico. Ele busca seu quarto título em solo brasileiro (faturou o torneio da capital fluminense em 2014 e levou a taça do Aberto do Brasil em 2005 e 2013.

O espanhol, que estreia nesta terça-feira no torneio ATP 500 contra o compatriota Pablo Carreno Busta (66º), não antes das 18h30 (de Brasília), ainda é o principal cabeça de chave, mas inicia a disputa em sua pior posição nas três vezes que competiu no Jockey Club. De quebra, vê seu desempenho no saibro sofrer queda brusca.

Em 2014, Nadal foi campeão na capital fluminense ao bater o ucraniano Alexandr Dolgopolov (atual 33º). Era o líder do ranking mundial. No ano passado, em terceiro na lista após enfrentar lesões e de tratar uma apendicite, o espanhol foi derrotado na semifinal pelo italiano Fabio Fognini (24º).

'Não. Sinceramente, não' (Rafael Nadal, curto e grosso, quando perguntado se sente incômodo com críticas)

Um ano depois, o histórico do astro não mostra alteração na tendência. Em sete torneios jogados em terra batida em 2015, ele venceu apenas o ATP 250 de Buenos Aires (ARG): aproveitamento de apenas 14%.

Já em 2014, o jogador triunfou três vezes em seis eventos do tipo (50%), incluindo Roland Garros. O percentual já foi pior do que em 2013, ocasião em que o atleta levou a melhor em seis de oito torneios, com 75% de eficiência.

– Temos de esperar tudo de um cara como ele. O que está faltando é o sentimento de ser invencível em quadra. Ele precisa construir novamente essa armadura – disse o ex-tenista Gustavo Kuerten, três vezes campeão de Roland Garros.

Embora não demonstre em palavras, é notório o incômodo do tenista com o assunto. Questionado sobre sua fase, Nadal respondeu com frases curtas e até monossilábicas.

– Pode ser isso (falta de confiança). (Silêncio).... Foi algo que faltou na semana passada, contra Dominic Thiem, em Buenos Aires (ARG). Mas eu trabalho para melhorar – afirmou.

O favoritismo do espanhol no Rio de Janeiro continua. Mas se a preocupação com o zika vírus poderia ser o único motivo de tensão para ele, desta vez a recuperação de seu jogo parece ser prioridade.

"É sempre especial. Vir pelo terceiro ano me deixa animado. Espero estar preparado"

Rafael Nadal no Brasil

2005
Aos 19 anos, faturou o Aberto do Brasil na Costa do Sauípe (BA), ao bater o espanhol Alberto Martin na decisão por 2 a 1 (6-0, 6-7 [2-7], 6-1). Venceu cinco jogos no torneio.

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2013
Já com 27 anos e como quinto do mundo, voltou a faturar o Aberto do Brasil, agora, em São Paulo. Bateu o argentino David Nalbandian na final por 2 a 0 (6-2 e 6-3). Foram quatro triunfos na competição.

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2014
Na primeira edição do torneio, Nadal levou a primeira edição do Aberto do Rio, com cinco vitórias. Na decisão, passou pelo ucraniano Alexandr Dolgopolov por
2 a 0 ( 6-3 e 7-6[7-3]).

2015
​No ano passado, chegou como número três do mundo, encarou uma batalha contra o uruguaio Pablo Cuevas (URU) que avançou pela madrugada, mas perdeu a semifinal para Fabio Fognini (ITA) por 2 a 1 (1-6, 6-2 e 7-5).

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