Olimpíada gera transformações em transportes e mobilidade do Rio

Jogos Olímpicos foram impulso para mudanças, inclusive estruturais

Legado Rio 2016 (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Legado Rio 2016 (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

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O Rio está longe de ser uma cidade perfeita. O apelido de Cidade Maravilhosa, refrão repetido à exaustão na candidatura para ser sede dos Jogos Olímpicos, é justificado em alguns quesitos e fantasia em outros. Mas não é por isso que dá para ignorar as transformações físicas e estruturais ocorridas no Rio tendo como força motriz o maior evento esportivo do planeta.

O carioca tem mais opções de transporte e ganhou na mobilidade urbana. As alternativas cresceram com ampliação dos BRTs (Bus Rapid Transit), criação dos VLTs (Veículo Leve sobre Trilho), nascimento de túneis, elevados e vias expressar, sendo a inauguração da linha 4 do metrô a obra, ainda que em cima da hora, conclui o "cardápio" preparado para os Jogos Olímpicos.


Segundo números da Prefeitura do Rio, em 2009, 18% das pessoas utilizaram o transporte de alta capacidade. Até o começo de 2017, de acordo com a mesma previsão, o percentual será de 63%.

- Quem não conhece a geografia da cidade tem a tendência de dizer que o investimento se concentra nas áreas nobres da cidade. Mas os ricos não usam BRT - afirmou o prefeito Eduardo Paes, enfatizando que as zonas Norte e Oeste, além do Centro, concentraram os investimentos.

O BRT citado por Paes é a alternativa que conecta pontos mais distantes do Rio, virando a conexão para a nova linha 4 do metrô, por exemplo, além do Aeroporto Tom Jobim. O espaço para os ônibus com faixas exclusivas cresceu com a abertura das vias Transolímpica, Transoeste e Transcarioca.

- Desde 2012, quem sai de Santa Cruz e trabalha em um condomínio da Barra, a pessoa ganhou 100 dias de vida em redução de viagem. Eu acho metrô muito melhor, mas o metrô custa 20 vezes mais. Não sei quanto tempo levaria para chegar metrô em Santa Cruz. O BRT é uma solução brasileira - apontou Paes.

O projeto que mescla a parte estética com a funcional e de mobilidade na área central do Rio é o Porto-Maravilha (projeto com verba privada), que revitalizou a zona portuária. Isso incluiu a criação do VLT e de atrações turísticas/culturais, como o Museu do Amanhã. A antiga Perimetral foi implodida, dando lugar a uma área com cara nova.

- A demolição da perimetral, em novembro de 2013, estimulada pelos Jogos Olímpicos, foi uma demonstração de como a Olimpíada pode transformar o Rio. Era uma via que escurecia a região, que tornava a região degradada. Esse é um dos legados importantes. Se não fosse a Olimpíada, não teríamos tido a compreensão da população para fazer uma intervenção desse tamanho - completou o prefeito.

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