‘Barba Negra’, sem lesões e sem suspensões: Renan Fonseca quer fazer história no Fogão

Ao LANCE!, zagueiro conta como consegue ficar sem desfalcar o Botafogo. Um dos líderes da equipe, defensor afirma estar 'subindo degraus' para fazer história no clube

Renan Fonseca
Renan Fonseca começa o ano, mais uma vez, com status de titular da equipe alvinegra (Foto: Paulo Sergio)

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Entre as tantas saídas de atletas que o Botafogo teve da temporada passada para a que irá começar, Renan Fonseca permaneceu. Também pudera. Titular tanto com René Simões quanto com Ricardo Gomes, o zagueiro disputou 60 partidas em 2015. Consolidado no Alvinegro, ele não se lesiona, ficou suspenso apenas uma vez e acredita que está subindo mais um degrau na carreira.

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o "Barba Negra" explica a razão de não tirar mais a sua marca. Comenta também a identificação com o Glorioso, do qual já é um líder, mesmo com apenas 25 anos.

Qual a sua expectativa para a temporada 2016?

Estou muito tranquilo. Venho de bons anos de trabalho, no Santa Cruz também. Estou procurando crescer na minha carreira, passo a passo. Agora, na Série A, com o Botafogo, estou um degrau acima. Vou procurar manter a minhas postura e humildade para crescer ainda mais na carreira, como já foi no ano passado, e deu certo.

Você considera estar, no Botafogo, ,o auge da sua carreira?

Temos que aprender todo dia, crescer todo dia. No dia em que acharmos que sabemos tudo, estamos ferrados. O professor Ricardo Gomes sempre fala isso. Tanto dentro quanto fora, de campo, estou sempre aprendendo, melhorando. Mas me considero cada dia mais experiente, olhando o futebol com outros olhos a cada dia.

Uma das suas marcas é a barba. Você sempre usou, acha que te reconhecem mais fácil por causa dela?

Sempre usei barba, mas não tão grande como estou usando hoje em dia. Antes da estreia do Campeonato Carioca do ano passado, fui fazer e ficou torta. Então eu tive que tirar. Virou uma marca minha. Todo mundo me reconhece assim agora. Como eu não faço gol e não dou chapéu, é o único jeito que eu tenho de aparecer (risos).

Você tem um identificação grande com o Botafogo. Como é a sua relação com a torcida?

Eu me sinto muito à vontade com a torcida, com os funcionários, diretoria e jogadores. Tenho tudo para ir crescendo com o Botafogo. Dentro do clube, construindo nome. Este que passou foi só um ano. Estou no caminho certo para criar essa identificação. O Jefferson é um exemplo, ídolo. Serve como referência até para a gente.

Você vai jogar a Série A pela primeira vez na carreira este ano. Você planeja ficar no Botafogo muitos anos ou tem aquele sonho de jogar na Europa?

Meu planejamento de carreira não está muito longo, não. Procuro fazer meu melhor no Botafogo, viver intensamente e o que eu fizer aqui vai ter consequências. Quero crescer na minha profissão. Não sei até onde vou chegar, mas procuro dar o meu melhor a cada dia.

Ainda falando sobre a torcida, como tem que fazer para lidar com a cobrança dos torcedores alvinegros mais exigentes?

O jogador tem que se garantir dentro de campo, fazer o melhor. Torcedor não cobra golaço, chapéu. Cobra vontade, disposição. Qualquer jogador que chegar tendo essa disposição será acolhido. Quando passar a dar show, espetáculo, resulta numa parceria bacana.

No ano passado você jogou 37 jogos do Botafogo na Série B e foi um dos mais presentes em campo. Tem algum segredo para se manter bem a cada rodada?

Sou presença constante na equipe porque nunca machuquei. Procuro me cuidar, treinar bastante. Eu me cuido muito. Dentro de campo, procuro estar sempre orientando os companheiros, estar um passo à frente do atacante e protegido em campo. Desta maneira, eu consegui atuar na maior parte das partidas. Essa receita que vou levar para 2016.

Como é ter o Ricardo Gomes, ex-zagueiro, como treinador?

Apesar de ter sido zagueiro, ele não bate numa tecla só. O Ricardo Gomes enxerga o futebol de uma maneira coletiva, e gosta disso. Ele quer e sempre tem a linha de quatro defensores bem posicionada, posiciona todos os laterais, volantes. Arma o time de maneira complexa, apesar de ter sido zagueiro, não se apega só ao trato com os zagueiros.

Como vai ser essa concorrência na zaga?

É só o começo de trabalho. O Emerson está mais confiante, crescendo todo dia. O Emerson Silva já é mais experiente, uma pessoa bacana que gosta de posicionar os mais novos. Estão todos cheios de vontade. O Joel (Carli) chegou na noite de quinta-feira, mas está cheio de sangue nos olhos. Cada um tem uma característica. E tomara que o professor forme a melhor dupla de zaga. Mas não pode faltar respeito.

Você tem treinado com o Emerson como está sendo esse primeiro contato com ele em campo?

Emerson é bem na dele, zagueiro de muita qualidade, tem classe, um futuro promissor. Num futuro bem próximo, ele vai estar brilhando. Costumo dizer que ele é um zagueiro-craque.

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