Campeã militar na China vence cansaço e ajuda Fla a bater o Flu

Rubro-Negro perdia por 2 a 0, mas buscou a reação no ginásio do rival e triunfou por 3 a 2. Carla recuperou energias após defender Seleção Militar em Wuhan e comandou a reação

Vôlei Flamengo - Campeonato Carioca 2019
Flamengo, de Carla (20), venceu o Fluminense de virada, por 3 sets a 2, nas Laranjeiras (Foto: Paula Reis / Flamengo)

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A ponteira Carla aguentou o cansaço da viagem de Wuhan, na China, onde conquistou na semana passada o título dos Jogos Mundiais Militares com a Seleção Brasileira, ao Rio de Janeiro para ser um dos destaques do triunfo do Flamengo contra o Fluminense, seu ex-clube, na noite de segunda-feira, pelo Campeonato Carioca.

Com uma virada emocionante, o time da Gávea bateu o Tricolor, no ginásio das Laranjeiras, por 3 a 2, com parciais de 21-25, 21-25, 25-23, 26-24 e 15-13, no primeiro Fla x Flu oficial da temporada, e ficou perto da decisão.

A jogadora, assim como Mari Cassemiro, do Fluminense, é Terceiro Sargento do Exército. Elas recebem um salário de militar e ficam à disposição do time nacional para as grandes competições.

Ambas chegaram na sexta-feira ao Brasil e, como havia um compromisso importante no Estadual três dias depois, entraram no ritmo do torneio em meio ao cansaço.

Carla começou no banco, mas entrou no lugar da italiana Valeria Papa no segundo set e foi um dos destaques da reação, ao lado da levantadora argentina Vicky Mayer, da central Fernanda Isis e da oposto Malu.

– A volta foi complicada. Sabia que enfrentaria dificuldades, mas tinha meu compromisso. Foi uma viagem desgastante para todas nós. Voltamos campeãs e com um gás a mais. Senti câimbra, mas tirei do coração. É meu trabalho e tiro forças de onde não tem. Não estou no meu 100%, mas vou voltar – disse Carla, de 27 anos, que também falou sobre o reencontro com o antigo clube.

– A vida é assim, um dia aqui, outro lá. Alguns torcedores pegaram no pé, mas saí numa boa daqui, deixei amigas e estou feliz na nova fase. Estou com fome de jogar, depois de ficar um ano no banco. Perdi ritmo e agora quero voltar.

Campeã da Superliga 2017/2018 pelo Praia Clube, e com passagens pelo tradicional Minas, Carla, de 1,74 m, está habituada a enfrentar a pressão da arquibancada e torce para que o bom momento do Flamengo no futebol se reflita no vôlei. 

– Joguei em quatro clubes de torcidas apaixonadas. Mas aqui estou sentindo de verdade o que é isto, pois é maior. Se o futebol vai bem, isto se reflete positivamente no vôlei. Se o título de campeão brasileiro vier, será melhor ainda para os outros esportes – afirmou a mineira, nascida em Belo Horizonte.

Com duas vitórias em dois jogos, o Fla volta à quadra em casa, no ginásio Hélio Maurício, na próxima quinta-feira, contra o Sesc-RJ, para a última partida da fase classificatória, dependendo do resultado do duelo entre o Flu e o time de Bernardinho na segunda-feira, no Tijuca Tênis Clube.

O Estadual tem apenas quatro times e a Seleção Carioca, com três derrotas, não tem mais chances. O maior desafio da temporada é a Superliga, que começa no dia 12 de novembro para as mulheres.

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