Americana do Minas vê Superliga brasileira como trunfo na briga por espaço na forte seleção dos EUA
Oposta Danielle Cuttino garante estar mais adaptada em seu segundo ano no Brasil
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A americana Danielle Cuttino, de 25 anos, é exemplo de como o vôlei brasileiro serve de referência para atletas de todo o planeta, até mesmo de países com amplo investimento no esporte. A oposta do Itambé/Minas disputa sua segunda temporada na Superliga e apresenta constante evolução.
Cuttino chegou a Belo Horizonte em 2020 como uma aposta para substituir ninguém menos que a bicampeã olímpica Sheilla. No início, gerou desconfiança da exigente torcida, mas evoluiu e tem tirado proveito da qualidade do vôlei brasileiro para aperfeiçoar diversos aspectos de seu jogo.
Mais segura nos ataques e com seu bloqueio sempre eficiente, ela comemora também a evolução defensiva, que é uma das marcas do time mineiro.
- Tudo o que eu quero fazer é elevar o nível das jogadores ao meu redor e sempre dar o meu melhor. Acho que as minhas habilidades de controle de bola melhoraram aqui no Brasil - avaliou a atleta.
Convocada recentemente para a seleção dos Estados Unidos, atual campeã olímpica, Cuttino é segura ao afirmar que a luta por uma vaga na equipe de seu país em 2022 está nos planos. Ela sabe que terá uma concorrência forte, com nomes como Andrea Drews e Jordan Thompson, que estiveram nos Jogos de Tóquio, mas mantém as esperanças de que poderá buscar espaço.
- Sim, eu tenho planos para a seleção este ano. O que posso fazer é concentrar meus esforços e esperar que seja o suficiente para entrar nesta lista. Há tantas boas jogadoras nos Estados Unidos e é sempre uma honra estar entre elas - afirmou Cuttino.
As mineiras enfrentam o Osasco/São Cristóvão Saúde nesta sexta-feira, às 21h (de Brasília), no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), em partida atrasada da décima rodada do turno.
Em sua segunda temporada no Brasil, e cada vez mais adaptada ao país, Cuttino celebrou ter sido destaque do triunfo sobre o Pinheiros por 3 a 1, na última segunda-feira, com 27 pontos, sendo 22 em ataques e cinco em bloqueios, com 65% de aproveitamento ofensivo. A boa performance rendeu à atleta o Troféu VivaVôlei de melhor em quadra.
- Eu diria que essa foi uma das minhas melhores atuações no Brasil. Eu me senti muito bem em quadra - declarou Cuttino.
- Amo a cultura e hospitalidade aqui e também a comida. Definitivamente, eu estou mais confortável hoje do que na temporada passada e já consigo entender melhor o português. Há momentos em que tenho muitas saudades da minha família e amigos, mas sinto um pedacinho de casa aqui no Brasil - contou a atleta.
Atual campeão da Superliga, o Itambé/Minas aparece na vice-liderança, com 45 pontos, quatro a menos que o Dentil/Praia Clube. O objetivo das comandadas de Nicola Negro é manter a evolução nas duas partidas que restam antes dos playoffs.
- A cada dia nosso maior objetivo é melhorar. Temos de aprender, crescer e nos esforçar ao máximo como equipe. Com a primeira fase da Superliga e a proximidade dos playoffs, acho que os times com desempenhos mais consistentes prevalecerão - disse a jogadora.
A atleta mostrou foco e comprometimento para readquirir a melhor condição após se recuperar da Covid-19, no início de fevereiro. Ela ficou fora do clássico contra o Dentil/Praia Clube, em que o Minas acabou derrotado por 3 a 2, mas logo voltou a ser relacionada contra o Curitiba, ocasião em que saiu do banco e contribuiu com seis pontos no triunfo por 3 a 0.
Em seguida, a oposta reassumiu a titularidade e anotou 11 pontos na vitória sobre o Valinhos (3 a 1), e 15 pontos em mais um resultado positivo, desta vez sobre o Barueri (3 a 0), antes de roubar a cena no confronto contra o Pinheiros.
- Tivemos muitas adversidades com Covid-19 e também lesões, então sair e jogar todos esses jogos com a equipe completa foi a chave para nós - afirmou a atacante, que já marcou 189 pontos na Superliga.
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