Diretor do Vitória se pronuncia contra arbitragem e faz revelação: ‘Não é experimento’
Em jogo com muitas polêmicas, Rubro-Negro perde de virada para o Vasco por 4 a 3

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Em mais uma rodada desta edição do Brasileirão, a atuação da arbitragem gerou mais repercussão do que o desempenho dos jogadores em campo. Além de Renato Kayzer, o diretor de futebol do Vitória, Gustavo Vieira, também criticou a comissão liderada pelo árbitro Fernando Antônio Mendes de Salles Nascimento Filho (PA) depois da derrota por 4 a 3 para o Vasco, em São Januário [assista abaixo].
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Antes da entrevista do técnico Jair Ventura, Gustavo fez um curto pronunciamento para apontar erros e revelar um bastidor a respeito da escolha do árbitro.
— É com certa tristeza que me faço presente nesta sala para fazer este pronunciamento. O Vitória se sentiu - e continua se sentindo - muito prejudicado pela arbitragem. Muito prejudicado [...] Recebi a informação de que, hoje, em um jogo que vale muito para as duas equipes, o árbitro escalado fará sua primeira partida no Campeonato Brasileiro. Uma partida de tamanha importância não pode servir de experiência — destacou o executivo.
— Oito minutos de acréscimo… é algo que raramente se vê no futebol. E, convenhamos, é muito confortável oferecer oito minutos quando já se tem um time com um jogador a mais. Muito confortável. A expulsão do nosso capitão fala por si só. Não preciso descrever aqui o que todos viram. As imagens estão aí. Houve um contato no peito, uma disputa normal de espaço, algo que acontece em praticamente todas as bolas paradas. Se isso for considerado motivo para cartão amarelo então precisamos repensar seriamente a essência do futebol — completou.
O resultado mantém o Vitória em situação muito complicada na zona de rebaixamento, com 25 pontos em 27 rodadas.

Leia na íntegra o discurso de Gustavo Vieira depois de Vasco x Vitória
É com certa tristeza que me faço presente nesta sala para fazer este pronunciamento. O Vitória se sentiu - e continua se sentindo - muito prejudicado pela arbitragem. Muito prejudicado.
O contexto do jogo e a condução da arbitragem precisam ser destacados. Há partidas importantes ao longo de todo o campeonato: no início, no meio e no fim. Existem jogos decisivos na parte de cima da tabela, jogos fundamentais na parte de baixo e também partidas que valem muito para equipes que estão na faixa intermediária.
Recebi a informação de que, hoje, em um jogo que vale muito para as duas equipes, o árbitro escalado fará sua primeira partida no Campeonato Brasileiro. Uma partida de tamanha importância não pode servir de experiência.
Todos nós precisamos ter responsabilidade pelo que fazemos no futebol. O futebol é um trabalho coletivo e deve ser conduzido por pessoas com seriedade e senso de responsabilidade. Eu, na condição de dirigente do futebol do Vitória, quando preciso fazer experimentações, não utilizo momentos decisivos. Momentos decisivos não são para experimentos.
É com a tristeza de quem viu um jogo bem jogado, uma derrota que poderia ter sido justa. E aqui não me refiro à equipe do Vasco da Gama — um clube gigante, tradicional, que faz um bom trabalho e luta pelo seu campeonato. O meu desabafo não é em relação ao adversário, e sim à arbitragem.
É muito ruim para o futebol quando uma equipe se sente prejudicada, e esse é o sentimento do Vitória hoje — assim como já foi e será de outras equipes, em outros momentos, diante de erros ou conduções equivocadas da arbitragem.
A expulsão — ou melhor, o segundo cartão amarelo — do nosso capitão fala por si só. Não preciso descrever aqui o que todos viram. As imagens estão aí. Houve um contato no peito, uma disputa normal de espaço, algo que acontece em praticamente todas as bolas paradas. Se isso for considerado motivo para cartão amarelo — e, consequentemente, para uma expulsão — então precisamos repensar seriamente a essência do futebol.
O Vitória se sente, sim, prejudicado. E entende que é preciso haver responsabilidade na condução do futebol e, especialmente, na indicação dos árbitros para partidas de tamanha importância.
Muito obrigado.
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