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Ligações, negativas e até Romário: os bastidores para chegar até Jorginho

Dia 01/03/2016
02:18

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Jorginho será apresentado na manhã desta segunda-feira como novo técnico do Vasco. O treinador não foi a primeira opção da diretoria, que havia tentado Oswaldo de Oliveira, Paulo César Gusmão e Alexandre Gallo antes dele. Com as três negativas, o nome dele ganhou força, mesmo após ter sido descartado inicialmente pelo presidente Eurico Miranda quando foi oferecido enquanto Celso Roth ainda estava no cargo.

O descarte, porém, não foi por Roth ainda estar empregado, mas sim porque Oswaldo de Oliveira era a principal opção do Cruz-Maltino. Segundo o LANCE! apurou, o treinador não tinha interesse em assumir o comando da equipe, ainda mais na atual situação, mas ele queria, e ainda quer, que o clube pague o que deve a ele. Há um processo de Oswaldo contra o Vasco na Justiça que está na fila do Ato Trabalhista. O valor gira em torno de R$ 2 milhões.

Sem Oswaldo, PC Gusmão, do Joinville, e Gallo, sem clube, foram tentados, mas a diretoria não teve sucesso. Os detalhes de toda a negociação, porém, você vê abaixo:

QUARTA-FEIRA (12/8)

Vasco perde para o Santos na Vila Belmiro e Eurico é pressionado por alguns vice-presidentes, conselheiros, e membros do Casaca, grupo político do presdiente, a demitir Celso Roth. Oswaldo é o nome preferido, mas as conversas, intermediadas pelo empresário Carlos Leite, não avançam como o esperado. Com o apoio de José Luis Moreira e Paulo Angioni, ele pensa em manter Roth até o jogo contra o Coritiba caso não haja um "sim" de Oswaldo.

QUINTA-FEIRA (13/8)

A delegação retorna ao Rio de Janeiro e Celso Roth é o alvo de alguns torcedores no desembarque. O treinador é muito xingado e a situação parece ficar insustentável, mas Carlos Leite segue sem conseguir avançar a negociação com Oswaldo. Assim, Roth vai para São Januário, comanda o treino, e em seguida conversa com Eurico. A pressão interna pela demissão do treinador continua grande, mas o presidente mantém ele até o jogo contra o Coritiba. Caso não ganhasse, porém, a saída de Roth era tratada como certa. Neste dia, o nome de Jorginho foi comentado por um amigo com Eurico. Ele negou na hora.

SEXTA-FEIRA (14/8)

Celso Roth comanda treino fechado em São Januário e diretoria apresenta o volante Felipe Seymour e o atacante Jorge Henrique após a atividade. Na entrevista coletiva, Eurico não garante a permanência de Roth após o jogo contra o Coritiba. Enquanto isso, Carlos Leite mantém as conversas com Oswaldo de Oliveira, que não abre mão de uma garantia para receber, primeiramente, a dívida de R$ 2 milhões do clube com ele.

SÁBADO (15/8)

No Maracanã, o Vasco perde por 1 a 0 para o Coritiba com gol nos acréscimos. Revoltada, a torcida xinga Celso Roth e Eurico Miranda. José Luis Moreira e Paulo Angioni vão ao vestiário e avisam a demissão ao treinador, que já sabia que isso iria acontecer. Zé Luis comunica à imprensa enquanto Roth se despede dos jogadores, com quem mantinha relacionamento frio. Eurico fica no camarote por mais de uma hora após o apito final com outros vice-presidentes.

Ciente de que Oswaldo estava dificultando o acerto, partem para uma segunda opção: Paulo César Gusmão. Eurico liga para o presidente do Joinville, Nereu Martinelli, que avisa que não tem como liberar o treinador. Paulo Reis, vice jurídico, telefona para PC Gusmão, que faz coro ao mandatário e reafirma a dificuldade pela liberação, mas que daria uma resposta no dia seguinte.

Enquanto isso, Zé Luis e Angioni já haviam deixado o Maracanã. Estavam esperando Eurico e Paulo Reis na Adega São Cristovão, perto de São Januário. Após quase duas horas de reuniaão, os quatro deixaram o local sem um nome definido. De certo, apenas uma espera pela resposta de PC, que todos esperavam com pessimismo, e um fio de esperança para uma mudança de rumo com Oswaldo. Além disso, também ficaram convictos de que alguns nomes não seriam tentados, como Renato Gaúcho, Guto Ferreira e Joel Santana.

DOMINGO (16/8)

O domingo começa cedo e com mais dois nomes descartados. Como já era esperado, as negociações com Oswaldo e PC Gusmão não tiveram sucesso. Surge, então, uma alternativa que agrada boa parte da diretoria: Alexande Gallo. Sem clube desde que deixou a Seleção Olímpica, ele foi oferecido por empresários e os dirigentes gostaram. O problema é que quando foram falar com ele a reposta foi negativa. Segundo o treinador, ele está aguardando uma possibilidade de trabalhar no exterior.

Após três insucessos, um nome que foi pensado na quinta-feira ganha força: Jorginho. Os dirigentes começam a buscar informações sobre o treinador. Um dos "informantes" foi o senador Romário (PSB-RJ), que nutre boa relação com a diretoria. O Baixinho só deu recomendações positivas sobre o técnico, que também é amigo pessoal dele. Eurico pede sigilo aos membros da diretoria que sabem da negociação e, na companhia de Zé Luis, marca um encontro com Jorginho. A reunião é rápida e, no início da noite, ele é anunciado como novo técnico do Cruz-Maltino.

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