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Vasco associativo publica balanço e acusa empresa de desvio de receita de sócios; Salgado responde acusações

Cruz-Maltino também divulgou o documento financeiro da SAF na segunda-feira

Diretoria Vasco - Pedrinho
imagem cameraVasco divulgou balanço da associação (Foto: Dikran Sahagian/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 02/07/2025
05:00

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O Vasco associativo publicou o balanço de 2024. Após três meses de atraso, a gestão de Pedrinho destrinchou as finanças do clube. A associação teve um aumento de 41% na receita e 28% na dívida. Além disso, há uma acusação de desvio de valores arrecadados por uma empresa contratada pelo ex-presidente Jorge Salgado.

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"Sobre o resultado financeiro, iniciamos o mandato pressionados por uma geração de caixa negativa, ou seja, receitas menores que despesas, e uma cobrança tempestiva, por parte do Vasco SAF, de um adiantamento feito pela Diretoria Administrativa de Jorge Salgado no valor de R$ 263 mil em 2023".

"Além disso, a empresa responsável pelo programa de sócios estatutários contratada pela Diretoria de Jorge Salgado, uma medida imposta pela 777 Partners enquanto gestora da Vasco SAF, desviou R$ 220 mil dos valores arrecadados de mensalidade de sócios. Esse caso já está sendo tratado pelas autoridades competentes, com processos em andamento tanto na esfera criminal quanto na cível."

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A diretoria do Vasco considera o caso como inadimplemento e disse que a SAF, na época comandada pela 777 Partners, fez uma cobrança para regularização de um adiantamento da gestão do ex-presidente Jorge Salgado. Veja abaixo.

"Esse cenário financeiro foi agravado pela cobrança imediata da Vasco SAF pela regularização de um adiantamento de R$ 263 mil feito pela Diretoria Administrativa da gestão de Jorge Salgado, referente à receita trimestral do contrato de royalties fixos. A partir do segundo trimestre, as medidas implementadas estancaram o consumo de caixa, atingindo equilíbrio financeiro. No terceiro trimestre, fomos surpreendidos pela inadimplência da empresa prestadora de serviço do programa de sócio estatutário, que deixou de repassar ao clube aproximadamente R$ 220 mil referentes ao pagamento de mensalidades de sócios."

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O balanço também aponta que a execução fiscal que o Vasco recebeu, cobrando valores de dívida ativa referentes a FGTS e Contribuição Social, do período entre 2009 a 2019 (R$ 29,3 milhões). Entre 2020 e 2022 mais um valor de R$ 2,7 milhões.

"Os débitos de natureza previdenciária e não previdenciária incidentes sobre a folha de pagamento do período de maio a setembro de 2022 foram regularizados por meio de parcelamento junto a PGFN. O pagamento dos parcelamentos está sendo adimplido pelo Vasco SAF e cobrado do CRVG através do “Conta Corrente VGSAF x CRVG."

Por outro lado, o balanço do Vasco mostrou um aumento de 41% da receita. De R$ 12,4 milhões foi para R$ 17,6 milhões. O clube comemorou e disse que isso se deve aos valores arrecadados com patrocinadores.

"Além da renovação do patrocínio do basquete masculino para a temporada 2024/2025 — com valor superior ao da temporada anterior —, o CRVG também anunciou a captação de um novo patrocinador para o futsal masculino, que marca seu retorno a um campeonato nacional após 16 anos de ausência. O time de futsal conquistou, de forma invicta, o título carioca. Ambas as modalidades têm 100% de suas despesas operacionais cobertas pelas receitas de patrocínio."

As dívidas também cresceram da mesma forma que as receitas. O Vasco considera que o aumento do endividamento foi por conta das "contingências cíveis de R$ 18,8 milhões e o recebimento de uma nova notificação sobre dívidas de FGTS e contribuição social no valor de R$ 32,1 milhões, acompanhados de multas sobre esses valores no montante de R$ 2,1 milhões".

Salgado e Pedrinho
Salgado respondeu acusações feitas no balanço do clube (Foto: Matheus Lima/Vasco)

Jorge Salgado responde acusações:

"Com relação às menções feitas à gestão Jorge Salgado nas cartas do presidente do CRVG e da Administração do CRVG relativas a contratação de empresa para gerir o programa de sócio estatutário, que integram o balanço de 2024 publicado ontem (30/6), temos os seguintes esclarecimentos a prestar:

  1. De fato a Vasco SAF, por decisão de seu sócio controlador, decidiu que o CRVG não poderia manter o programa de sócios estatutários na mesma empresa que também fazia a gestão do programa de sócio torcedor (FENG), o que era o desejo do CRVG.
  2. Esta situação obrigou a Diretora Administrativa abrir um processo seletivo para contratação de nova empresa para operar o programa, em um escopo de trabalho bem menor que o anterior. A Futebolcard e Imply foram consultadas para administrar o programa dos sócios estatutários e declinaram por julgar que a operação seria pequena para o porte destas empresas. Após consulta a 3 fornecedores, foi escolhida a empresa que apresentou as melhores condições.
  3. No período em que estivemos à frente da gestão do CRVG os repasses das receitas do programa de sócios estatutários foram feitos normalmente ao clube.
  4. A afirmação na carta do presidente de que a empresa contratada pela Diretoria de Jorge Salgado "desviou R$ 200 mil dos valores arrecadados da mensalidade de sócios" gerou algumas dúvidas que precisavam ser sanadas. Porém, os fatos foram melhor esclarecidos na própria carta da Administração do CRVG que textualmente afirma que "No terceiro trimestre fomos surpreendidos pela inadimplência da empresa prestadora de serviço do programa de sócio estatutário, que deixou de repassar ao clube aproximadamente R$ 220 mil referente ao pagamento de mensalidades de sócios". Ou seja, segundo a Administração do CRVG, trata-se de um caso de inadimplemento.
  5. Não temos conhecimento acerca dos motivos que levaram ao referido repasse não ter sido realizado. Porém, se houve descumprimento de contrato ou dolo aos interesses do CRVG, apoiamos integralmente as providências tomadas pela atual gestão para buscar o devido ressarcimento ao CRVG em todas as esferas.

Jorge Salgado"

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