Após rebaixamento, reunião deve confirmar saída de Paulo Angioni

O rebaixamento do Vasco deve fazer a primeira vítima em São Januário. Nesta terça-feira, está prevista uma reunião do gerente de futebol Paulo Angioni com o presidente Eurico Miranda para confirmar a saída do dirigente. Muito pressionado ao longo da temporada, ele já está ciente da provável saída. O nome de Isaias Tinoco, sem clube desde que saiu do Cruzeiro, é o mais forte para a vaga. Felipe Ximenes também é ventilado por algumas correntes.

A péssima relação com Eurico Brandão, o Euriquinho, filho de Eurico e assessor especial da presidência, é uma das razões para a saída de Angioni. Ao longo de todo o ano, o relacionamento foi bem ruim, o que gerou um grande desgaste no comando do futebol, tanto que Euriquinho se afastou do dia a dia nos últimos meses. O vice de futebol José Luis Moreira segurou Angioni até onde pôde, mas o rebaixamento foi o estopim para a saída do dirigente, que era pressionado também por outras correntes, como membros do Casaca.

Angioni foi bastante criticado internamente por não ter sido muito operante na contratações de jogadores, tanto é que comandou apenas três negociações: o volante Serginho e os atacantes Dagoberto e Gilberto. As demais foram conduzidas por Euriquinho, que muitas das vezes sequer comunicou Angioni ou Zé Luis sobre o acerto com determinado jogador. O vice de futebol também contratou poucos atletas, dentre eles, o lateral-esquerdo Julio Cesar.

Entre os cotados para assumir a vaga, o favorito é Isaias Tinoco, sem clube desde que deixou o Cruzeiro, em setembro, após pouco mais de um mês no comando do futebol do clube mineiro. Antes de ir para Belo Horizonte, ele era o gerente de futebol das categorias de base do Cruz-Maltino, contratado no início da gestão de Eurico Miranda. A saída no meio da temporada, porém, não agradou muito o presidente. Além disso, uma corrente da diretoria vê o cartola com um perfil semelhante ao de Angioni. Por conta disso, Felipe Ximenes surge como alternativa. Ele já trabalhou com a diretoria no início dos anos 200, mas em outra função. Na época, era supervisor do Vasco-Barra.