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Uruguai volta à Fonte Nova, palco do título da Copa América de 1983

Dia 01/03/2016
02:00

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A Arena Fonte Nova foi remodelada para a Copa das Confederações. No entanto, ainda guarda marcas da história do Uruguai, que voltará ao local nesta quinta-feira, diante da Nigéria, trinta anos após a conquista da Copa América, em 1983.

Na época, a seleção uruguaia, que tinha o goleiro Rodolfo Rodríguez como um dos destaques, calou o estádio que ainda era somente Fonte Nova. Após empate por 1 a 1 com a Seleção Brasileira de Leão, Júnior, Sócrates, Renato Gaúcho, Dinamite e Cia., levou o título continental. No primeiro jogo da final, venceu os brasileiros por 2 a 0, em Montevidéu.

- A Seleção Brasileira tinha Sócrates, Éder, Mozer, era um time muito bom. O povo baiano não levava um clima de já ganhou, até pelo resultado do primeiro jogo, mas estava confiante. Apoiou o jogo todo e lembro da cidade ter vivido um clima muito festivo por ocasião daquela partida - lembrou Rodolfo Rodríguez, ao LANCE!Net.

Da seleção uruguaia atual, o zagueiro/lateral-esquerdo Cáceres foi abordado sobre o tema. A expectativa é que o público nesta quinta esteja a favor da Nigéria, "patinho feio" da partida.

- Estamos falando de um título de 30 anos atrás, já está na história. Em relação à torcida, estamos tranquilos. Vamos respeitar se eles optarem por torcer pela Nigéria. Vai ser uma partida complicada e vamos ter de ganhar para seguir adiante - disse o jogador.

Com a Palavra: Roberto Assaf
Colunista do LANCE!

"No dia 4 de novembro de 1983 o Uruguai conquistou pela segunda vez um título dentro do Brasil. O "Maracanazzo" dessa vez foi na Fonte Nova, diante de público superior a 85 mil pessoas. A Celeste havia vencido o primeiro jogo da final da Copa América por 2 a 0, em Montevidéu. Logo, seria campeã com o empate. A equipe possuía alguns medalhões, como Rodolfo Rodriguez, Enzo Francescoli e Carlos Aguillera. Jorginho, do Palmeiras, fez 1 a 0 no primeiro tempo, aproveitando rebote do goleiro, que soltou chute de Éder em cobrança de falta. Mas os uruguaios empataram na raça, com Aguillera, de cabeça, com meia hora da etapa derradeira. Restavam da Copa de 1982 apenas Júnior, Sócrates, Roberto Dinamite e Éder. O time brasileiro jogou tão mal no segundo tempo que a torcida baiana não resistiu. Vaiou e pediu a demissão de Carlos Alberto Parreira. Foi a 14ª e última partida do técnico em sua primeira passagem pela Seleção, com saldo de cinco vitórias, sete empates, duas derrotas, 21 gols pró e 12 contra. Em 1984, assumiu Edu Coimbra. Mas essa já é outra história."

Bate-Bola: Rodolfo Rodríguez
Ex-goleiro da seleção do Uruguai, campeão em 1983

Quais são suas recordações de Salvador?

A primeira recordação é a final contra o Brasil. Lógico, ganhar do Brasil foi fantástico. Não conhecia a cidade e achei fantástica. Conheci mais ainda depois, quando fui jogar lá. A cidade é linda. Com beleza natural e um povo especial. O povo, independente se é Bahia ou Vitória, está sempre sorrindo e sempre foram simpáticos comigo.

Você chegou a atuar pelo Bahia também...

Ganhei dois campeonatos baianos pelo Bahia, assim que conheci o carinho de uma torcida e de um povo maravilhoso. De Salvador só tenho boas recordações, da simpatia do povo, como falei, da culinária e beleza natural. Nunca mais voltei lá depois que deixei o clube, mas tenho muita vontade.

 Como vê a seleção uruguaia atual, ainda mais com estes problemas que a delegação vem passando durante a Copa das Confederações?

A seleção uruguaia vem tendo problemas, mas temos de entender que o Brasil está em meio de um teste para um Mundial e imprevistos podem ocorrer. O país não tem culpa do clima, se chove ou não. Acredito que para o próximo ano o vai estar mais preparado, pois é preciso que situações assim ocorram para se ir melhorando.

E dentro de campo?

O Uruguai não vinha jogando bem nas Eliminatórias. Agora contra a Espanha fizemos um jogo mais ou menos. Vamos ver contra a Nigéria, que ainda não foi exigida pois só fez um treino contra o Taiti. Nós temos um time com bons jogadores, e combinamos isso com boa marcação. Acho que se acharmos essa mescla ideal, o Uruguai conseguirá bons resultados. Estou otimista com as chances de classificação para o Mundial. Temos bons jogadores, como Cavani e Suárez.

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