menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Pool da Copa América: Uruguai pronto para arruinar outra festa

Dia 01/03/2016
01:59

  • Matéria
  • Mais Notícias

Por Danilo Costas

Outra vez os donos da casa. Outra vez a adrenalina de chegar ao protagonismo, de estar sob os flashes. Curioso destino toca o Uruguai nos últimos tempos: jogar contra os donos da casa e definir se o torneio seguirá sendo um sucesso de bilheteria e atenção, ou se a reta final da Copa América ficará órfã da expectativa que sempre lhe dá o fato da seleção local continuar na competição.

Na próxima quarta-feira o Uruguai irá a campo às 20h30 no Estádio Nacional de Santiago com uma pesada missão: enfrentar quem foi, de longe, o melhor time do torneio e que vem de uma goleada sobre a Bolívia por 5 a 0. Porém o Chile também estará em uma incômoda posição, porque não pode ficar tranquilo levando em consideração os antecedentes uruguaios.

E MAIS:

> Messi sobre 'selfie' com jamaicano: 'Me surpreendeu'
> Messi insatisfeito com punição a Neymar: 'Queria encontrá-lo na final'
> Tabárez não espera Uruguai jogando como Argentina ou Chile   

O primeiro destes antecentes da "era moderna" do futebol uruguaio se remonta à Copa América de 1999, quando Víctor Púa era o treinador. O Uruguai vinha de uma série de resultados ruins e entrou nas quartas de final, como tantas vezes, pela janela após ser o terceiro colocado em seu grupo. Chegou a vez de enfrentar o time da casa, o Paraguai, que havia sido o primeiro de seu grupo. Conseguiu uma vitória nos pênaltis, para silenciar o Defensores del Chaco e caminhar até a final, onde perdeu para o Brasil por 3 a 0. Este foi o único jogo da fase final que escapou de ser disputado em um estádio vazio, diante da desatenção generalizada que tomou o torneio frente à ausência da seleção da casa, que tinha uma de suas melhores gerações da história.

Em 2007, já com Tabárez no comando, o adversário foi a Venezuela, dona da casa. Novamente o Uruguai havia se classificado pela janela, após uma campanha ruim em que terminou a primeira fase em terceiro. As duas seleções já haviam se enfrentado no Grupo A, com empate em 0 a 0. Nas quartas de final o Uruguai aplicou um 4 a 1, mais uma vez destruindo a sorte do time da casa e o sucesso de público do torneio.

A história continua. Na Copa do Mundo de 2010 foi na fase de grupos, porém ainda assim deixou praticamente eliminado o time local: vitória por 3 a 0 sobre a África do Sul, que representou um grande passo para a Celeste ir às oitavas de final.

Em 2011 o último destes antecedentes: aquele empate defendido com unhas e dentes com a Argentina em Santa Fé, que levou à disputa de pênaltis. A vitória uruguaia custou o emprego de Checo Batista e uma chuva de críticas aos "repatriados" argentinos, dando a chance para que a final fosse disputada em um Estádio Monumental repleto de uruguaios.

Todos os torneios anteriores têm pontos em comum com esta Copa América: um rendimento irregular na primeira fase, no limite do medíocre. No fim, na hora do tudo ou nada, um súbito crescimento de rendimento, geralmente da forma que mais se sente cômodo a este grupo de jogadores: defender e ir para cima em contra-ataques.

De toda forma está a impressão que só isso não alcançará para vencer este Chile "supersônico". A chave está, quem sabe, em fazer um jogo similar ao que sustentaram em novembro no estádio do Colo Colo, quando a Celeste venceu por 2 a 1. Defesa bem armada, porém com contragolpes efetivos, que permitam aproveitar o único ponto fraco demonstrado pelos chilenos: atrás o Chile não se mostrou firme e a melhor prova disso foi o empate em 3 a 3 com o México. Uma coisa é certa, terá de demonstrar muito mais solidez.

Está nas mãos do Uruguai voltar a fazer história.

  • Matéria
  • Mais Notícias