Em novo julgamento, Seedorf não poderá ter pena aumentada

O recurso que o Botafogo entrou no TJD (RJ) na semana passada para tentar anular a advertência imposta a Seedorf, por conta da expulsão dele contra o Madureira, no dia 24 de marco, em partida válida pela segunda rodada da Taça Rio, não poderá levar o jogador a tomar uma suspensão maior do que a que já lhe foi aplicada - uma advertência. O gerente executivo do Botafogo, Aníbal Rouxinol, em entrevista ao LANCE!Net, explicou a situação.

- O Seedorf não corre risco. Quando o recurso é impetrado pela parte interessada, neste caso o Botafogo e o jogador, não corremos o risco de ter a pena aumentada. Se o recurso viesse da procuradoria isso poderia acontecer, mas fomos nós que pedimos – explicou o dirigente do Glorioso, sobre o novo julgamento que ainda não tem data marcada.

Ainda segundo Anibal Rouxinol, que atuou como advogado do jogador no caso, Seedorf e ele conversaram sobre assunto, e o camisa 10 não se opôs ao recurso.

- Converso com os atletas para tomarmos uma decisão conjunta. O Botafogo entende que ele não cometeu infração disciplinar alguma. A intenção do clube e do próprio jogador é tentar a absolvição total e manter sua primariedade - disse.

A EXPULSÃO DE SEEDORF

O camisa 10 do Botafogo foi expulso contra o Madureira nos acréscimos. O holandês foi advertido com o cartão amarelo por se recusar a sair de campo pelo lado indicado pelo árbitro do jogo. Por insistir em sair pelo lado oposto, Seedorf levou o cartão vermelho. Entretanto, o jogador não deveria ser substituído, já que, antes do ocorrido, Oswaldo de Oliveira havia acabado de fazer sua última alteração, colocando André Bahia no lugar de Cidinho, que deixou o campo com uma lesão no joelho esquerdo.

Seedorf foi julgado com base no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (assumir conduta contrária à ética desportiva). Por conta da advertência, se voltar a ser julgado em um prazo inferior a seis meses, Seedorf não terá mais a condição de primário, o que o Botafogo deseja anular no novo julgamento.