Namorado de medalhista ‘previu’ marca histórica no Pan
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Quando o telão do Toronto Coliseum anunciou as medalhistas da fita - categoria da ginástica rítmica -, Angélica Kvieczynski não tinha ideia que havia entrado na história do Brasil no Pan-Americano de Toronto. O bronze da ginasta representou a centésima medalha conquistada por brasileiros neste Pan.
- Na verdade, eu não sabia. Quando eu saí da quadra, uma repórter veio me contar. Falei “não brinca”, levei um susto. Teve um gostinho mais especial ainda - disse Angélica, ao LANCE!.
Mas se Angélica não sabia, seu namorado, Daniel Paiola, medalhista de prata nas duplas do badminton em Toronto, “previu” na noite anterior à competição que a ginasta seria a agraciada com a centésima láurea.
- Ele me ligou e disse: "Está chegando na 100, pode ser você". Eu achei que ela teria saído na noite passada. Ele é meu bruxo, tem que fazer mais previsões boas – brincou a ginasta, que também faturou o bronze no arco.
A atleta, porém, ainda não conseguiu celebrar a medalha. A rotina pós-vitória foi agitada - nem uma ligação para o namorado Angélica conseguiu fazer.
- Está bem corrido. Na verdade, ganhei a medalha e fui pro correndo pro doping. Chegando na Vila Olímpica, tinha entrevistas. Nem comi e nem tomei banho ainda. Vou usar o fim do dia para dar uma passeada, ainda não conheci nada daqui, já que gosto de ficar concentrada antes das competições - afirmou a ginasta, de 23 anos, ganhadora de três bronzes e uma prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011.
Foi a quinta vez que o Brasil chegou à centésima medalha em Pan-Americanos. Faltando sete dias para o fim das competições, nunca o Brasil havia batido a marca tão rápido. O recorde anterior havia sido no Rio-2007, quando os brasileiros conquistaram a medalha número 100 há quatro dias do encerramento.
A primeira vez que o Brasil conquistou 100 medalhas foi em Winnipeg-1999 - curiosamente na mesma modalidade de Angélica. As agraciadas foram as meninas da ginástica rítmica, que ganharam o ouro na categoria por grupos, durante o último dia de competições. Uma das integrantes do time era Camila Ferezin, atual treinadora do conjunto brasileiro na modalidade, que já faturou três medalhas em Toronto.
- Foi inacreditável porque foi o primeiro ouro do Brasil na rítmica. Não esperávamos. Até fomos recebidas em Londrina com um caminhão de bombeiro. Até hoje choro quando aparece aquela imagem do meu rosto, com a lágrima caindo, a bandeira do Brasil, o hino - relembra Camila, ao LANCE!.
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