Ao menos 20 manifestantes são presos no protesto ‘anti-Copa’ em São Paulo

Protestos contra os gastos excessivos para a realização da Copa do Mundo no Brasil tomaram importantes ruas e avenidas da cidade de São Paulo nesta quinta-feira. Segundo informações da Polícia Militar, ao menos 20 manifestantes acusados de adotarem a tática black block foram detidos durante ato que acontecia na Avenida Paulista no início da noite.

Desde o início do dia, manifestações ganharam força em diversos pontos da capital paulista. Juntando-se aos protestos 'anti-Copa', houve atos organizados por professores da rede municipal e por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. A Arena Corinthians, localizada no bairro de Itaquera, foi palco de manifestação, que contou inclusive com torcedores corintianos "protegendo" o estádio que receberá o jogo de abertura da Copa do Mundo.

Ao longo desta quinta, a rodovia Anhanguera, a Marginal Pinheiros, a avenida Giovanni Gronchi, a Avenida Paulista, a rua da Consolação, bem como demais locais da cidade, foram interditadas ao menos parcialmente. Em determinados lugares e momentos, barricadas com fogo foram utilizadas por manifestantes.

A situação ficou mais tensa no início da noite. Cerca de 1200 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, se concentraram na Praça do Ciclista (esquina da Paulista com a Consolação). Quando alguns manifestantes quebraram vidraças, concessionárias, agências bancárias, carros, entre outros objetos, a polícia entrou em confronto com os participantes do ato, utilizando balas de borracha e gás lacrimogêneo. A Tropa de Choque esteve no local. 

Aproximadamente às 20h, manifestantes se dispersaram por diversos pontos da cidade. Ruas do centro e a região do Estádio do Pacaembu "receberam" grande número de manifestantes "refugiados".

A Polícia Militar anunciou a prisão de 20 "black blocks" na altura do número 900 na Paulista. Segundo a PM, tais manifestantes estavam portando coquetéis molotov e martelos.

Ainda não há informações sobre feridos.