Leomir retorna ao Flu e lembra saudoso Ximbica

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O Fluminense respira ares mais vitoriosos desde ontem. Para muitos torcedores que prestigiaram o primeiro dia de trabalho de Leomir nas Laranjeiras, a tarde teve sabor de viagem no túnel do tempo. Volante nos anos 80 e atual auxiliar técnico de Abel Braga, Leomir tem uma placa com seu nome logo na entrada do clube, ao lado de ídolos como Castilho, Rivellino e Renato Gaúcho, e um currículo no Fluminense capaz de dar inveja a qualquer jogador do atual elenco, com três campeonatos cariocas e um título brasileiro.
Mais do que preparar os jogadores para a chegada de Abel Braga, marcada para a próxima quarta-feira, Leomir inspira o Fluminense para retomar o caminho das vitórias, perdido desde o Brasileiro do ano passado.
– É uma pessoa de muito caráter. É sempre bom vê-lo aqui. Eu o conheço desde os seus tempos de jogador. Ele chega e traz os ares da vitória, aquele time era demais – disse o roupeiro Aloísio Clementino, o mais antigo da comissão técnica, no futebol profissional desde 1980.
A tarde de Leomir foi de reencontros e, como ele afirmou, é sempre emocionante retornar às Laranjeiras. Ele disse ainda que as mudanças que encontrou no clube, onde passou pela última vez em 2005, foram positivas, como as novas salas de musculação e do departamento médico. O centro de treinamento ainda é uma lacuna aberta. Mas não supera a ausência de Ximbica, folclórico roupeiro que fez história no clube e que morreu em 2002, ainda é lembrada:
– Estou muito feliz de estar aqui, esse clube marcou a minha vida. Vivi anos maravilhosos e reencontrar funcionários antigos é sempre bom. É uma pena que Ximbica não esteja mais aqui, são coisas da vida.
MAIS VITORIOSO QUE ABEL NO FLU
Hoje ele pode até ser coadjuvante na comissão técnica do Fluminense, mas, na história do Tricolor, Leomir tem mais vitórias para contar do que Abel Braga, de quem é auxiliar técnico há mais de uma década.
Leomir foi campeão brasileiro em 1984, na decisão contra o Vasco, e tricampeão carioca, em 1983, 1984 e 1985. Era titular daquela equipe que contava com Romerito, Washington, Assis, Edinho e Branco.
Já Abelão, na década de 70, amargou na maior parte do tempo a reserva naquela equipe que ficou conhecida como Máquina Tricolor, com Carlos Alberto Torres, Rivellino, Dorval, e foi bicampeã carioca em 75 e 76.
Questionado se a ausência de Abel faria falta neste começo de trabalho em que o treinador permanece vinculado ao Al Jazira, dos Emirados Árabes, ele garante que é capaz de dar o pontapé inicial sem o técnico.
– Se estou aqui, é porque tenho competência para isso. Acho que a dedicação e o respeito do time ao trabalho serão os mesmos. Vou passar tudo o que sei para ele. Tenho condições de estar aqui. A figura dele, no entanto, é fundamental – ressaltou.
COM A PALAVRA: Aloísio Clementino (Roupeiro do Flu desde 1980)
É o que eu posso falar sobre o Leomir. É sujeito homem, tem bom caráter, como poucos no futebol hoje em dia. Como jogador, ele sempre foi muito alegre, brincalhão, como todo o resto daquele time da década de 1980.
Na verdade, este grupo atual é muito parecido com aquele do Leomir, do pessoal que foi campeão brasileiro em 1984. O clima é sempre de brincadeira, isso é bom para animar o ambiente.
Estou no futebol do Fluminense desde 1980 e sei que o Leomir tem aquele jeito de vencedor, de quem chega para vencer.
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