Justiça embarga reformas da Marina da Glória para Jogos Olímpicos
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Mais uma obra visando a Olimpíada do Rio de Janeiro tornou-se motivo de impasse. Em decisão liminar, a Justiça Federal cassou a autorização concedida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para a reforma da Marina da Glória, impedindo as adaptações do local para os Jogos Olímpicos de 2016.
Cerca de um ano após o órgão autorizar as mudanças da área, tombada desde 1965, a FAM-Rio (Federação das Associações de Moradores do Município do Rio de Janeiro) entrou na Justiça, por avaliar que o processo não seguiu os trâmites legais. Na última sexta-feira, o desembargador Marcelo Pereira da Silva, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, atendeu parcialmente aos pedidos da associação e determinou a paralisação das obras na Marina da Glória, localizada às margens da Baía de Guanabara.
Ao olhos do advogado Nelson Nirenberg, que representa a FAM-Rio, a análise da obra foi avaliada às pressas:
- Essa reforma foi aprovada pela presidência do Iphan em menos de 24 horas. Deveria ter passado por uma avaliação da superintendência estadual. Não é correto - declarou, ao UOL Esporte.
O advogado apontou que as obras fizeram drásticas alterações na Marina da Glória. Segundo Nirenberg, cerca de 300 árvores foram cortadas para a reforma e, além da construção de um estacionamento em um parque público, está em andamento a obra para erguer um edifício maior do que o projeto previsto inicialmente.
- Passando por uma análise criteriosa, complementou o advogado, isso nunca seria aprovado.
O Iphan e a Autoridade Pública Olímpica (APO), que monitora as obras olímpicas, não se manifestaram sobre a decisão judicial. Já a BR Marinas, que vem investindo R$ 65 milhões na reforma da Marina da Glória, desmentiu as acusações de que o espaço altere as características tombadas no local e disse desconhecer qualquer mudança no ritmo da obra.
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