Gustavo e Nalbert: símbolos de Bernardinho na Seleção
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O meio de rede Gustavo Endres tinha 25 anos no dia 4 de maio de 2001, data da estreia de Bernardinho pela Seleção Brasileira de vôlei. Ainda não havia conquistado muitos títulos, mas já era um jogador experiente, ao ponto de saber que o momento vivido pela equipe não era dos melhores após o modesto sexto lugar na Olimpíada de Sidney, no ano anterior.
Mas a contratação de Bernardinho, em novembro daquele ano, mudaria o auto-estima dos jogadores da equipe, que andava baixo por uma sequência de maus resultados. Da estreia do técnico, que nesta quarta-feira completa dez anos, Gustavo não se lembra. Mas de Bernardinho ele dificilmente esquecerá algum dia.
- O nosso grupo precisava de uma sacudida. Em 1997, o Radamés Lattari apostou em alguns nomes que, até aquela altura, não haviam conseguido resultados expressivos. E havia essa expectativa. O nosso astral estava baixo, mas tínhamos muita disposição, muita gana para treinar - disse o central, que voltou a ser convocado por Bernardinho após três anos fora.
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O ambiente não poderia ser outro à espera do técnico, que, ao longo de sua carreira, sempre foi caracterizado como um fascinado por treinamentos puxados. Com um grupo disposto, não seria difícil implantar uma nova filosofia que, segundo Gustavo, foi coroada com o título da Liga Mundial em 2001.
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- Ele trouxe a fórmula ideal para vencermos. Deu uma guinada no grupo em termos de mentalidade, de estrutura. A sensação era de que todo o esforço que fazíamos valia a pena - completou.
Quatro anos antes da chegada de Bernardinho, o ponta Nalbert já era o capitão da Seleção. Posto que não mudou mesmo com a alteração no comando técnico. O jogador, um dos líderes da geração e porta voz do grupo, revela que, por ser o capitão, chegou a ter uma relação conflituosa com o técnico. Mas sempre mantendo o respeito e a hierarquia.
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- Era desgastante pois ele vai sempre ao limite extremo, às vezes até passa esse limite. Então é difícil nós, atletas, suportarmos no dia a dia. Eu tentava aliviar, pedia menos, mas ele queria mais. De certa forma haviam conflitos, mas nunca tivemos uma discussão séria. Mas o exagero que ele sempre prezou deu resultado, valeu tudo a pena. Ele me ensinou muita coisa, principalmente na questão da liderança - disse Nalbert, que atualmente é comentarista em um canal de televisão.
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