Felipão não fala com Tinga e cutuca omissão da diretoria

Luiz Felipe Scolari afirmou que não tem nada para conversar com Tinga. Após vetar o atleta de dois jogos por conta de uma briga coma DIS, o técnico reafirmou que é ele quem decide as escalações e a questão deve ser decidida apenas pela diretoria do Palmeiras.

Durante a semana, o vice Roberto Frizzo afirmou que tudo estava resolvido com a empresa e que uma conversa de Felipão com Tinga poderia solucionar a questão.

- Se perguntarem para mim, digo que não está tudo bem. Se perguntar lá (diretoria e DIS), diz que está. É de acordo com os interesses - afirmou o comandante.

O técnico ressaltou que Tinga se ausentou de treinos na semana sem autorização. Na última terça, em entrevista exclusiva ao LNET!, o jogador afirmou que não tem mais clima para continuar no Palmeiras.

- Não tenho nada para falar de diferente. Os jogadores tem de trabalhar e eu escolher para jogar. Tinga nunca deixou de fazer parte da equipe. Foram entradas e saídas normais. O Pierre não ficou no banco domingo e depois estava aqui correndo, lutando - disse.

- O Tinga tem de assumir sua condição de atleta profissional. Eu disse que ele trabalharia normalmente, não trabalhou. Quero mostrar que, quando me ausento do país, eu peço permissão ao presidente e vice-presidente. Quando um atleta se ausente sem permissão, vai receber advertência. Se não quiser trabalhar, é assunto Tinga e direção. Não passem para mim mais nada. Quem tem de assumir certas situações são dirigentes - completou.

Felipão lembrou o caso de Adriano Michael Jackson, que ficou no banco contra o Cruzeiro, em Minas, por indisciplina. Mas voltou ao time titular.

- O Adriano foi punido. Não jogou em Minas, foi dada advertência e na semana seguinte estava jogando. Isso é futebol. Que se passe para dirigente, presidente, e ele tome decisões. O Tinga tem de trabalhar, escalar é meu assunto, minha responsabilidade - afirmou.

- Eu escolho quem joga ou não. Tenho de escolher quem fica no banco ou não. Se todo jogador que fica fora do banco, vai se fazer de coitado... - cutucou.

Apesar das declarações sobre a diretoria, Felipão reforçou que está satisfeito no Palmeiras e vai seguir lutando em busca de melhoras para o clube.

- Muita gente briga comigo, comissão técnica, os dirigentes da maneira como acham correto. Não sei todas dificuldades que passam um presidente no clube, tenho mais conhecimento daqui. Eu brigo, eles brigam junto comigo. Na minha área, posso discutir - disse.

- Eu estou satisfeito no Palmeiras, gosto do dia a dia. Não tenho motivo para não ser feliz com meu tabalho. Queria mais, pode ser que nesse ano a gente ainda consiga. Vamos atrás de algum objetivo nesse ano, esquecer brigas e nos focar no campo. Um time que tem 31, 32 jogos e tem três derrotas, alguma coisa tem de bom. Não pode ser toda essa ruindade. Ou o time é organizado, é equilibrado, algo tem - destacou.