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‘Coronel’, dirigente do Guarany-CE já atirou em jogador

Capa do site do Olé logo após o jogo (Reprodução)
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Dia 27/10/2015
21:26

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Luiz Torquato é quase como um coronel em Sobral. Pelas ruas, é comum ouvir comentários de que o dirigente anda armado e gosta de intimidar seus inimigos. Alguns afirmam que ele costumava receber visitas no apertado escritório em seu café com o revólver sobre a mesa, à mostra.

O burburinho condiz com o próprio discurso de Torquato sobre a relação que mantém com os jogadores do clube. Mais uma vez, Eurico Miranda é lembrado.

– Se ele (Eurico) voltasse hoje ao Vasco, talvez não fosse a mesma coisa. Como eu, que, se sair quatro anos do Guarany, não vou voltar o mesmo: apaixonado, brigando com jogadores, colocando revólver na cara do jogador porque está embriagado – afirma Torquato.

Em um dos episódios em que aflorou a dita paixão, por pouco um jogador não perde a vida. Em 1987, Fefeu levou dois tiros do então presidente do Guarany, que reconhece o crime. Um acertou o braço, que perdeu 70% das funções. O outro atingiu o peito, sem graves consequências, por sorte.

O fato, na época, foi motivo até de repercussão internacional. Fefeu conta que, em 24 de junho daquele ano, por volta das 18h, saía do treino quando foi abordado por Luiz Torquato. Aos 34 anos, o ex-volante esperava discutir a renovação de seu contrato, que terminaria em menos de um mês. No entanto, não houve conversa entre eles. O dirigente disparou três tiros contra ele. Dois acertaram.

– Depois, ainda pegaram o carro, engataram a primeira e tentaram passar o carro por cima de mim. Mas eu não tinha caído, até pelo meu desempenho. Perdi muito sangue. Em frente ao estádio, havia três mastros. Eu me agarrei a um deles e pulei para dentro de uma praça. A polícia foi atrás, mas não conseguiu pegar – conta Fefeu.

O ex-volante não sabe até hoje os motivos que levaram ao crime.

– Há muitos anos me perguntam e não sei responder – diz ele, que hoje é professor de educação física e dá aulas de futebol para crianças carentes de Sobral.

O processo criminal contra Torquato nunca chegou a ser levado a julgamento. Em 2007, prescreveu.

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