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CBJ dá bronca na Seleção masculina por resultado ruim no Mundial de Judô

Dia 01/03/2016
01:01

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A conquista de apenas uma medalha na disputa individual e a eliminação na primeira rodada da disputa por equipes no Mundial de Judô, no Rio de Janeiro, fizeram a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) dar uma grande bronca nos atletas da Seleção masculina. Neste domingo, após a derrota para a Alemanha, por 3 a 2, na competição por equipes, os judocas se reuniram com a comissão técnica para conversar sobre o ocorrido.

- Caímos numa chave muito boa e eles não souberam aproveitar. O resultado foi muito ruim. Os atletas não corresponderam no tatame. Mesmo os judocas que venceram suas lutas tiveram muita dificuldade. Perdemos em pesos que não poderíamos. Estamos fazendo uma reunião para entender o que aconteceu e eles estão levando as devidas broncas. Metas são para serem cumpridas e os atletas precisam saber disso. Cada um cumpre o seu papel. Nós fazemos o planejamento e eles executam no tatame o que foi planejado - afirmou o gestor de alto rendimento da CBJ, Ney Wilson, frisando que o planejamento do masculino deve ser revisto, e os erros analisados.

O dirigente, no entanto, não classificou o resultado como vexame pelo fato de a equipe ser jovem e ter tido muitos estreantes no Mundial. Segundo ele, é preciso dar crédito pois trata-se de um grupo talentoso. E que os resultados na competição individual influenciaram na disputa por equipes.

- O time masculino não está em queda. O estado emocional ficou abalado pelo resultado no individual. Vários ficaram aquém e é difícil recuperar o atleta. Ainda que no sábado tenha sido realizada uma palestra do Aurélio Miguel (ex-judoca ouro em Seul-1988), um grande motivador. Foi um abalo psicológico numa equipe que ainda precisa ficar cascuda para suportar um Mundial. As mulheres são jovens, mas já estão cascudas pois disputaram Olimpíadas e Mundiais - prosseguiu Wilson.

O gestor da CBJ também lamentou a ausência do judoca Tiago Camilo, do médio (até 90kg), cortado do Mundial por conta de lesão. Segundo o dirigente, a liderança do atleta não só fortaleceria sua categoria como também contagiaria os outros competidores a suportarem a pressão. Camilo até participou da palestra de Aurélio Miguel, mas Wilson afirmou que seria diferente ter o judoca no dia a dia da competição.

Com relação ao fato de Rafael Silva, prata no pesado no sábado, ter perdido a luta decisiva para Andreas Toelzer, de quem havia vencido na semifinal, o dirigente disse que o Brasil tinha de ter chegado no combate com a vitória definida.

- Sabíamos que seria dura. A luta que não correspondeu foi a do leve, do Bruno Mendonça. Ali era o ponto certo e ele simplesmente não lutou - finalizou.


FRASES:

"Foi uma competição ruim. A decisão ficou para a minha luta e acabei perdendo. O alemão veio diferente, usou outra tática e foi efetivo. Não tem desculpa. Ele estava tão cansado quanto eu. Mas ele me surpreendeu e o judô tem essa imprevisibilidade", disse Rafael Silva sobre sua derrota.

"Todos vão treinar muito para melhorar esse resultado. Aprendemos com os erros. Essa competição serve para trabalharmos para que as coisas melhorem. Tínhamos alguns atletas novos estreando em Mundial e a experiência conta muito nesse momento. Agora, é rodar todo mundo pelos torneios. Até a Olimpíada Rio-2016, temos muito chão pela frente", disse Rafael, comentando o resultado do judô masculino.

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