Atacantes brilham, e São Paulo e Corinthians empatam com polêmica
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O ditado diz que um jogo de futebol não se ganha na véspera. No clássico entre São Paulo e Corinthians, porém, foi isso o que aconteceu. Na verdade, o Majestoso começou a ter sua história definida na sexta-feira, antevéspera da partida, quando o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) concedeu efeito suspensivo a Luis Fabiano e permitiu que ele jogasse contra o Timão. No mesmo dia, o técnico Tite tomou uma decisão que também seria determinante para o resultado do duelo. Ele barrou Vagner Love e optou por Luciano. Esperança na sexta, a dupla de atacantes foi protagonista neste domingo com gols no empate por 1 a 1, no Morumbi em compromisso válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
No entanto, o clássico ganhou um protagonista de última hora. O árbitro Leandro Pedro Vuaden estava discreto até os acréscimos da partida, quando não deu pênalti de Uendel após o lateral corintiano aparentemente usar o braço para desviar a bola. Lance polêmico, que joga para o juiz os holofotes que deveriam ser apenas da ótima partida.
Mas não só da arbitragem os torcedores falarão após o Majestoso. Boa parte das 31 mil pessoas que estiveram neste domingo no Morumbi deve ter deixado o estádio se queixando de falta de sorte. Os são-paulinos pelas três bolas na trave - duas com Fabuloso e uma de Centurión - e a chance desperdiçada de entrar no G4. Os corintianos, pelo rebote dado por Cássio no gol do rival e o fato de a equipe não ter aproveitado o tropeço do líder Atlético-MG, que empatou com o Goiás. O público, no entanto, só não poderá reclamar do jogo, que apresentou equilíbrio, bons lances de ambos os lados e muitas emoções.
No já habitual esquema com três zagueiros, o Tricolor optou por pressionar a saída de bola do Timão no início e explorar as jogadas pelos lados. A estratégia deu certo em alguns momentos, mas também ofereceu espaços para o rival contra-atacar. Faltava ao Corinthians, no entanto, maior participação de Renato Augusto, claramente longe de sua forma física ideal por conta de dores no quadril, e também de Elias, famoso por ser carrasco são-paulino.
A solução da equipe de Tite veio com Uendel. Após triangulação, ele fez ótima jogada pela esquerda e "deu" o gol para Luciano, que só empurrou para as redes. Mais do que estrela, o substituto de Vagner Love apresentou ótimo posicionamento.
Superior até então, o São Paulo não demonstrou abatimento com o gol sofrido. Mas faltava algo. Sorte? Talvez. Pontaria? Um pouco. Ganso? Certamente. Ele iniciou a jogada do gol de empate. Luis Fabiano acionou Centurión, que chutou forte. Cássio espalmou nos pés do Fabuloso. Contra o maior freguês (já são dez gols sobre o Timão), o camisa 9 anotou novamente.
O clássico, que já era interessante e aberto, ficou ainda mais. Osório ajustou a marcação pelos lados, e o Tricolor seguiu em cima. Tite apostou na velocidade de Rildo e deu o recado de que jogava por uma bola, um contra-ataque. E a expulsão do zagueiro Felipe, aos 38, só aumentou ainda mais a temperatura do jogo.
O Majestoso era tão bom que não merecia acabar da forma que foi, com uma decisão polêmica da arbitragem. Nos acréscimos, Wesley chutou em direção ao gol e a bola bateu na mão de Uendel. Leandro Pedro Vuaden marcou apenas escanteio e tornou-se um dos protagonistas do excelente clássico no Morumbi.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 X 1 CORINTHIANS
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Horário: 9 de agosto de 2015, às 16h
Árbitro: Leandro Vuaden (RS)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Público/renda: 31.384 presentes / R$ 891.724,00
Cartões amarelos: Carlinhos, Wesley, Luiz Eduardo, Hudson (São Paulo); Fagner (Corinthians)
Cartão vermelho: Felipe, 37'/2ºT (Corinthians)
Gols: Luciano, 21'/1ºT (0-1); Luis Fabiano, 2'/2ºT (1-1)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno (Auro - 21'/2ºT), Rafael Toloi, Luiz Eduardo e Carlinhos (Wesley - 8'/2ºT); Lucão, Hudson (Bruno - 13'/2ºT) e Ganso; Michel Bastos, Centurión e Luis Fabiano. Técnico: Juan Carlos Osorio.
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Bruno Henrique; Elias, Jadson (Edu Dracena - 38'/2ºT), Renato Augusto e Malcom (Rildo - 30'/2ºT); Luciano (Danilo - 35'/2ºT). Técnico: Tite.
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