Promotor italiano encontra indícios de que 29 top 50 venderam suas partidas

Investigações começaram no futebol e avançaram até os principais atletas do tênis mundial

BBC destaca mensagens trocadas entre tenista e corruptor
Reprodução reportagem BBC

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Mais da metade do top 50 teria vendido suas partidas de tênis de acordo com o promotor italiano Roberto Di Martino, responsável pelo processo que coloca os tenistas Danielle Bracciali e Potito Starace com réus em julgamento de corrupção na Itália.

Os números são de uma suspeita levantada pelo promotor italiano dada as investigações de corrupção e venda de resultados de jogos de futebol, que envolvia pessoas de todas as esferas do futebol italiano e um grupo criminoso, que usa casa de apostas como ponto de lavagem de dinheiro e ganho rápido de capital.

As investigações baseadas em Cremona, norte da Itália na região da Lombardia, chegara ao nome de Manlio Bruni, que fazia o contato para as compras e acertos de resultados no futebol e também no tênis, o que levou o promotor aos nomes de Bracciali e Starace.

Bruni entregou as investigadores seu computador pessoal, nele foi identificado uma conversa via Skype com Bracciali, que não aceitou a proposta de acerto de resultados, como também disseram o tenista e Bruni em seus depoimentos à justiça. A diferença esteve que Bruni contou aos investigadores que mesmo sei aceitar a proposta, Starace se dispôs a colocar o comprador de resultados em contado com outros jogadores, dentre eles Starace e Simone Bolelli, a quem a ficou provado apenas a citação durante as conversas.

Através deste mesmo computador, o promotor Di Martino localizou os nomes de outros 37 jogadores, 29 deles presentes ao top 50 do ranking da ATP, para conversas e acertos d resultados.

O promotor italiano não pode investigar esses atletas, apenas a organização criminosa e suas movimentações financeiras na Itália e por isso entregou os nomes para a Unidade de Integridade do Tênis (TIU) e também falou à BBC, que no inicio do ano trouxe à tona a informação de que ao menos 16 atletas do top 50 poderiam ter vendidos seus jogos e acertos com grupos de apostadores.

O computador apreendido dá aos investigadores certeza de que ao menos 30 jogos tiveram seus resultados vendidos, dentre eles duas partidas de Starace, a primeira em 2009 contra o alemão Daniel Brands, que teve apostas suspensas pela Betfair por suspeita de fraudes e uma partida entre o italiano e o espanhol Daniel Gimeno Traver, em 2011. Foi a partir deste ponto que Di Martino e seus pares na promotoria italiana identificaram evidência contra os dois tenistas italianos, que geraram o processo que os dois enfrentam a pelo menos um ano na justiça local, e outros dois membros do top 20.

A TIU está investigando todos os dados repassados pelo promotor italiano, a exemplo das denuncias feitas pela BBC no inicio do ano.

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