Pospisil e Djokovic querem associação paralela e preocupam ATP

CEO da ATP envia carta aberta a atletas alertando sobre os perigos do projeto para o futuro do tênis enquanto negócio do esporte

Novak Djokovic, Dominic Thiem, Alexander Zverev e Grigor Dimitrov
Adria Tour

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Dois dos principais expoentes do conselho dos jogadores, o canadense Vasek Pospisil e o sérvio Novak Djokovic, estariam buscando apoio entre os atletas para fundar uma nova associação de tenistas, informa a imprensa internacional através de prints vazados.

De acordo com informações colhidas por diferentes jornalistas, dentre eles o britânico Simon Briggs e o argentino Danny Miche, a ideia de 'fundar' uma associação nova, que levaria o nome de "Professional Tennis Players Association", em português "Associação dos Jogadores de Tênis Profissionais", se deu em razão da exclusão do boliviano Hugo Dellien e do argentino Guido Pella, da disputa do Masters de Cincinnati em razão do preparador físico dos dois ter testado positivo para COVID-19.

A ideia, que já circula na bolha realizada em Nova York, onde se disputa o Masters e será realizado o US Open, tem preocupado a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e principalmente seu presidente, o italiano Andrea Gaudenzi. Por essa razão, o CEO da ATP enviou uma "carta" aos tenistas, que acabou vazada por print de Whatsapp (abaixo). Na carta o Gaudenzi alerta sobre a possibilidade de racha.

No longo texto, o italiano relata os 30 anos de construção do circuito ATP em nível equitativo entre atletas e torneios e alerta os profissionais de que todos os passos tomados pela atual gestão, que assumiu em 1º de janeiro deste ano, são de conhecimento do Conselho dos Jogadores.

Gaudenzi relata mais de uma vez o temor para com o "futuro do esporte" e alerta que a decisão de criar uma nova associação "não pode ser tomada abruptamente", tal como coloca em risco toda a estrutura ATP.

O CEO detalha as funções da ATP para com os jogadores e ressalta: "Unir-se a uma associação separada não lhes dá a nenhum direito adicional que os atualmente lhe concedem a ATP. Aos jogadores interessa ter uma ATP forte para que possamos lhes dar a voz mais forte possível no funcionamento do negócio. Se registrar numa associação apralela é prejudicial para com isso e terá consequências ainda desconhecidas no momento", pontua em tom de ameaça.

A carta ainda pontua o respeito a visões diferentes do negócio por parte dos atletas e pede que membros do Conselho dos Jogadores que estejam atuando em prol da associação paralela "reconsiderem a situação de imediato".

Gaudenzi ainda destaca o momento difícil e sem precedentes vividos no esporte e prega a união: "Nossa batalha não é entre nós. Agora, mais do que nunca, é momento de unidade e colaboração", finalizou.

Segundo Briggs apurou, os jogadores liderados por Pospisil estariam insatisfeitos com a possibilidade de fusão com a WTA e o questionamento mais 'ouvido' entre eles era: "Isso quer dizer que teremos premiação igual?".


Another interesting bit from the Gaudenzi letter here ... pic.twitter.com/dYBf76kWV3
— Simon Briggs (@simonrbriggs) August 28, 2020

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