Osaka: ‘Não sinto que fui corajosa, fiz o que tinha que fazer’

Tenista recebeu apoio público de Raonic e Tsitsipas por decidir não jogar em apoio a protestos nos Estados Unidos

Naomi Osaka entrando em quadra no US Open, vestindo camiseta de processo
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Após se garantir na final do WTA Premier de Cincinnati, a japonesa ex-número 1 e atual 10ª, Naomi Osaka, conversou com a ESPN norte-americana sobre o cancelamento do dia de jogos na última quinta-feira, num movimento iniciado por ela.

Osaka comentou como foi o processo de decidir que não entraria em quadra na quinta-feira, dia programado para a semifinal diante da belga Elise Mertens: "Sempre achei que seria bom se alguém começasse algo no tênis. Honestamente, sou mais uma seguidora do que uma líder. Eu apenas sigo as coisas”, iniciou a tenista, que se inteirou da decisão da equipe do Milwaukee Bucks, da liga de basquete (NBA), de não entrar em quadra pelos play-offs da competição contra o Orlando Magics em protesto contra a violência policial contra negros e latinos nos Estados Unidos.

Foi aí, revelou a tenista, que ela percebeu o que tinha de fazer e tomou o posicionamento unilateral de anuncia que "antes de ser uma atleta, era uma mulher negra". “Eu não achei que seria um grande acordo. Então, recebi uma ligação de Steve Simon (CEO da WTA) e ele disse que me apoiava muito", relatou a jovem.

“Meu único ponto é que eu não queria que as pessoas me culpassem pelo intervalo de um dia se isso atrapalhasse seu planejamento. Mas todos com quem conversei me deram muito apoio", completou a jovem.

Em entrevista ao canal, o canadense Milos Raonic, afirmou apoiar a decisão: "Não é uma questão esportiva, é uam questão de direitos humanos", considerou.

Em conversa com jornalistas em entrevista coletiva, o grego Stefanos Tsitsipas afirmou estar de acordo e admirar o posicionamento de Osaka."Quando eu soube, a procurei para entender direito a situação. Pra ela significa muito, é a sua prioridade de vida", declarou ele mesmo com a equipe de comunicação da ATP pedindo que os profissionais de imprensa se ativessem a temas de quadra.

Já na entrevista coletiva, mesmo contra a vontade da equipe da WTA, Osaka comentou sua postura: "Eu não sinto que fui corajosa. Eu apenas fiz o que eu tinha que fazer". A tenista ainda elogiou a promessa Coco Gauff, que durante a quarentena chegou a discursar em protestos contra a violência policial contra negros. "É isso que eu amo nela. É lindo ver Gauff tomando as rédeas dentro e fora de quadra".

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