Melo releva que até seu pai, às vezes, duvida da conquista do nº1

Sonho do número um ganhou forma após conquista em Roland Garros

Coletiva do Marcelo Melo (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press)
Coletiva do Marcelo Melo (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press)

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O número um do mundo nas duplas, Marcelo Melo, atendeu a imprensa em São Paulo em uma das lojas de seu principal patrocinador, a Centauro, e falou sobre os planos de lutar pelo ouro olímpico ao lado do amigo de infância Bruno Soares.

Marcelo Melo comentou a grande temporada de 2015, que o sagrou campeão de um Grand Slam pela primeira vez na carreira, Roland Garros ao lado do croata Ivan Dodig, e do feito de chegar ao posto de número um.

O natural de Belo Horizonte contou que ao embarcar para o Brasil de Londres, onde disputou o ATP Finals, percebeu que o público brasileiro, mesmo não ligado ao tênis, passou a reconhecê-lo e falar com ele: "Foi muito parecido com o que aconteceu após Roland Garros, só que em maior número e até mesmo por isso as pessoas que nem entendem tanto do esporte passaram a ligar o fato de que esta é uma conquista muito difícil e grande", comentou o tenista que se disse feliz ao ler comentários e ouvir de torcedores que inspira crianças, que os emocionou com suas conquistas e que tem sido alento em um momento 'tão delicado' para o país.

Pés no chão, Girafa contou que viu, após o título em Paris de que chegar ao posto de número um era possível, mesmo com os irmão Bob e Mike Bryan em atividade: "A gente sempre brincava, quando os Bryan se aposentarem dá para ser número um, então esse feito é enorme".

"A partir daquele momento (final em Roland Garros) nós acreditamos que seria neste ano. O Ivan (Dodig) abdicou de alguns torneios de simples, focado na meta de ser número um do mundo, depois do resultados no US Open (caíram na segunda rodada) ele acreditou que não seria tão possível atingir essa meta pela diferença de pontos e escolheu jogar os torneios de simples, eu continuei acreditando e acabei chegando lá", contou Melo que venceu quatro torneios consecutivos, com três parceiros diferentes e acumulou 17 vitórias.

O mineiro contou que ao estar no circuito, no dia a dia, não é possível perceber a dimensão do posto, mas que ao chegar no Brasil percebeu o tamanho: "Meu pai me olha e fala: 'será que é você mesmo?'", revelou Marcelo que nem mesmo seu pai consegue acreditar no tamanho da conquista.

Para 2016, o Girafa contou que não está "tão preocupado em defender os pontos que tem" e diz que o foco está em "melhorar seu jogo". "Já me acostumei em defender os pontos, essa era a dúvida quando entrei no top 10, depois no top 5, e tenho conseguido manter", pontuou ele e seguiu: Repetir uma série dessa de 17 jogos seguidos é que não sei se vai dar, não", brincou.

Melo conversou muito sobre Jogos Olímpicos, disse que sempre é perguntado por nomes como Novak Djokovic sobre as condições das instalações olímpicas e possibilidades para hospedagens e alimentação. O brasileiro contou ainda que muitos tenistas estão ansiosos para jogar no Rio de Janeiro e acredita que o fato de ITF e ATP não terem entrado em um acordo sobre pontuação para o ranking na disputa não será um problema.

"Acho que seria muito pequeno não jogar as Olimpíadas por causa de pontos", resumiu ele que disse não ter discutido o tema com os colegas.

Sobre a disputa do Rio, Marcelo contou que ainda não conversou com Bruno, especificamente, sobre quais torneios disputarão juntos em uma espécie de treinamento para as Olimpíadas, mas acredita que o entrosamento dos dois não acabou.

Marcelo Melo deixou claro que não pretende disputar nenhum Grand Slam ou Masters 1000 ao lado do amigo de infância, mas pode ser que os Masters da América do Norte em julho sejam o caminho para encontrar entrosamento para as Olimpíadas.

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