Medvedev precisa abrir BEM o olho contra Thiago Wild

Blog comenta o bom desempenho de Thiago Wild e o duelo contra o número dois do mundo, Daniil Medvedev

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Thiago Wild em Roland Garros / Crédito: Loic Wacziak / FFT

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Você pode até não gostar do que Thiago Wild andou fazendo fora de quadra nos últimos anos - que foi deplorável . Mas por que não pode saber separar as coisas e torcer para ele dentro dela ?

Thiago Wild pagou caro pelo que fez, talvez esteja ainda pagando por isso, mas precisamos notar que desde Thomaz Bellucci é o melhor talento brasileiro que surgiu no tênis masculino e que necessita atingir seu melhor potencial. Afinal, um tenista brasileiro com destaque internacional traz mais holofotes e contribui para todo o ecossistema, fazendo com o interesse do público em geral se volte para o esporte. Quem trabalha ou simplesmente curte o tênis tende a sair ganhando.

Depois de tantas porradas justas que a vida lhe cobrou dentro e fora de quadra culminando com a perda de alguns apoios importantes, precisou sair da zona de conforto e se mudou para a Argentina. Parece ter amadurecido e os resultados começaram a aparecer. Seu tênis, adormecido desde antes do começo da pandemia, voltou e a regularidade de bom desempenho - que já vêm desde o começo de março - podem deixar o torcedor animado.

Passou o quali de Rolando Garros com poucos sustos. Bateu dois experientes ex-top 50, na final do quali arrasou o alemão Dominik Koepfer - que diga-se de passagem, nem viu a cor da bola. Jogou aquele tênis moderno que o fez conquistar o título de Santiago em 2020 (lembram ?) derrotando Casper Ruud na final.

Alguns estão dizendo por aí que ele teve azar no sorteio com Daniil Medvedev. Sou do pensamento contrário. Azar para Medvedev. O russo está sem ritmo de jogo em Paris, Thiago vem com três partidas na bagagem e confiante. Ele, por natureza, é destemido e tem um jogo potente. A tendência é que não sinta a pressão por conta da disparidade de favoritismo a favor do russo.

Thiago terá seu jogo ou na Philippe Chatrier ou na Suzanne Lenglen. Para ele seria melhor a Lenglen, tecnicamente falando. Medvedev admitiu em Roma que gosta de uma quadra maior para o piso onde se defende melhor. Teve dificuldade quando jogou em quadras menores por lá. Lenglen é grande, mas não tem a profundidade da Chatrier.

O paranaense tem tudo para fazer uma boa exibição. E que Medvedev abra o olho. Caso contrário poderá voltar para casa mais cedo que o esperado.

Curtinhas:

Uma pena as derrotas de Felipe Meligeni e Laura Pigossi na final do quali. Tiveram quebra acima para a vitória. O jogo de Laura estava bem equilibrado e imprevisível, o de Felipe é de se lamentar pois tinha controle total e deixou escapar. Coisas do tênis. É levantar a cabeça e partir para a próxima. Seu nível vem melhorando muito nos últimos meses.

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