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Ferrero acredita que dificuldade financeira não justifica corrupção no tênis

Para ex-número 1 do mundo, quem se dispõe a jogar tem algum tipo de recurso

Juan Carlos Ferrero em treinamento no Rio de Janeiro
imagem cameraRio Open
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/02/2020
11:17

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Por Marden Diller – Ex-número 1 do mundo e campeão de Roland Garros (2003), o espanhol Juan Carlos Ferrero é um dos maiores nomes do tênis espanhol. Atuando como treinador no circuito, o ex-tenista conversou com exclusividade com o Tênis News durante o Rio Open.

Dono e diretor da academia Equelite Tennis, em Villena, na região de Aliacante no sudeste da Espanha, Ferrero busca ser o mais ativo possível na vida de seus pupilos, inclusive, morando na própria academia. Apesar de guia para todos outros atletas, dentre eles o ex-top 10 Pablo Carreno Busta e o brasileiro Jordan Correia, o espanhol vem atuando como treinador em tempo integral da jovem promessa Carlos Alcaraz, o tenista mais jovem da história a pontuar no ranking da ATP e que disputa o Rio Open aos 16 anos através de um convite.

“Eu moro na academia, estou com eles praticamente todos os dias trabalhando. Com Carlos (Alcaraz), é algo mais próximo, pois estou treinando-o em tempo integral hoje, então trabalhamos diariamente. Com Carreno é diferente, ele mora e treina em Barcelona, está na academia apenas de vez em quando, o que acontece com Jordan Correia, que apesar de treinar na academia, também tem sua própria equipe. Apesar desta separação, sempre que possível fazemos treinos juntos para que possamos repassar experiências entre eles e de mim para eles também”, contou o rival de Guga Kuerten.

Liderando diversos jovens em um circuito repleto de dificuldades nos níveis mais baixos de ranking, incluindo o próprio Alcaraz — que atualmente ocupa a 407ª posição do ranking —, Ferrero tem um método próprio de orientar aqueles que seguem na busca por uma espaço na elite do esporte e na forma como devem se manter distante das propostas de manipulação de resultados e qualquer outro tipo de corrupção.

“Não me importo muito com isso, na verdade, gosto de falar com eles sobre todas as dificuldades que eles vão enfrentar no circuito e na vida e todos os valores pelos quais eles precisam jogar. Quanto ao dinheiro, se eles decidem jogar tênis é porque eles têm condições, seja por parte dos pais ou dos patrocinadores. É claro que alguns jogadores que não têm nada e jogam em um bom nível e nós tentamos ajudá-los, mas não fazemos nenhum trabalho especial mental. A verdade é que isso tem que partir deles, se eles podem jogar, podem; se eles vêm até nós e falam que não conseguem jogar, nós tentamos ajudar”, revelou.

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