menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Federer é o tenista com maiores feitos aos 35 anos e corre atrás de marca de Agassi

Suíço já tem números superiores a nomes como Pete Sampras, John McEnroe, Bjorn Borg, Jimmy Connors

Roger Federer (SUI) é o quarto no Ranking mundial
imagem cameraAL BELLO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
Avatar
Lance!
Miami (EUA)
Dia 05/04/2017
12:59
Atualizado em 05/04/2017
16:24

  • Matéria
  • Mais Notícias

Aos 35 anos o suíço Roger Federer, quarto do ranking da ATP, tem surpreendido o mundo do tênis por ter voltado a alcançar a efetividade de anos atrás, após passar, pela primeira vez na carreira, por um período afastado do circuito profissional em virtude de uma lesão no joelho.

Os seis meses longe das quadras, entre julho de 2016 e janeiro de 2017, parecem ter dado uma 'renovada' nos ânimos e objetivos do suíço, que mudou parte do seu jogo com ajuda do ex-número três do mundo, o croata Ivan Ljubičić, seu contemporâneo no circuito profissional e novo mentor técnico.

Para entender os feitos e números de Federer em uma idade considerada avançada para a performance em alto nível no circuito mundial, o Tênis News comparou a carreira do suíço a de outros sete ex-números um do mundo, que tiveram carreiras consideradas longevas e vencedoras e em praticamente todos os números o suíço apresenta-se à frente.

Os ex-números 1 escolhidos para este levantamento foram os norte-americanos: Andre Agassi, Pete Sampras, John McEnroe e Jimmy Connors; além do alemão Boris Becker, do sueco Bjorn Borg e do argentino Guillermo Vilas.

Destes, o que teve carreira mais longeva foi Connors, que jogou profissionalmente até os 44 anos; seguido de Vilas que atuou até os 40 e Agassi, que se retirou aos 36 anos de idade. Dos sete, Pete Sampras foi um dos que se aposentou mais jovem, aos 31 anos após a final do US Open 2002, que ele venceu sobre Agassi.

É importante ressaltar de que apesar de o último jogo profissional de Bjorn Borg ter sido em 1993 aos 37 anos, o sueco fez algumas retiradas e retornos na vida de profissional. Efetivamente, o sueco foi acometido pela má sorte das muitas lesões e fez sua última temporada quase completa em 1981, aos 25 anos, com nove torneios disputados.

Naquele ano, Borg conquistou três títulos, um deles em Roland Garros e ainda foi vice-campeão em Wimbledon e no US Open. Ao todo foram 35 vitórias e seis derrotas.

O ano de 1981 foi o  último de Borg, que se profissionalizou aos 17 anos, conquistando títulos profissionais, que somaram 64 em um total, sendo 11 deles títulos do Grand Slam - cinco Wimbledon e seis Roland Garros.

O martírio de Borg foi para 1982, quando disputou três jogos na chave de Monte Carlo. Nos dois anos seguintes o sueco jogou uma partida profissional apenas e perdeu. Se retirou do circuito pela segunda vez e tentou voltar em 1991 e arriscou-se dos dois anos seguintes, com uma derrota oficial por ano, até pendurar definitivamente as raquetes aos 37 anos, vencido pelas dores.

Sampras, também se profissionalizou aos 17 anos e encerou a carreira com números robustos, ao todo conquistou 64 títulos profissionais. Destes, 14 troféus do Grand Slam. Em seu último ano como profissional, o norte-americano teve 27 vitórias e 17 derrotas. Fez final em Houston, perdendo para Andy Roddick e faturando o US Open.

Becker foi outro a chegar no profissional aos 17, mas retirou-se aos 32. Em sua última temporada, o alemão venceu dez partidas e perdeu seis. Em toda a sua carreira foram 49 títulos profissionais, dentre eles seis Slams. O ex-mentor técnico de Novak Djokovic, estava há três anos sem conseguir um título profissional quando se despediu das quadras.

Já o polêmico John McEnroe teve uma carreira longeva, se aposentou oficialmente aos 35 anos, tendo tornado-se profissional aos 19. No ano de sua aposentadoria, 1994, McEnroe jogou apenas uma partida profissional e foi derrotado na estreia em Roterdã, na Holanda, para o sueco Magnus Gustafsson.

No ano anterior, McEnroe fez uma temporada inteira com 32 vitórias e 18 derrotas. Entretanto, a exemplo de Becker, ele também se aposentou após três anos sem ganhar títulos, mas acumulou um total de 77 troféus na carreira, sete deles do Grand Slam.

Um dos que mais se aproxima dos números alcançados pelo Federer balzaquino é Andre Agassi. O norte-americano se profissionalizou aos 16 anos e se retirou aos 36. Ele é, até agora, o tenista mais velho a alcançar o posto de número 1 do mundo, tendo estado ali pela última vez aos 33 anos e quatro meses. Nesta idade, Agassi venceu seu último título do Grand Slam, o Australian Open 2003. Ao todo foram 60 títulos profissionais, oito Grand Slams.

Aos 35 anos, Agassi disputou sua última final de Grand Slam, no US Open 2005, quando foi derrotado pelo próprio Federer, então número um do mundo. Naquele ano, Agassi foi ainda vice-campeão no Masters do Canadá, perdeu de Rafael Nadal, então número dois do mundo, e foi campeão do ATP de Los Angeles.

No quesito números, Connors ultrapassa Roger Federer. O norte-americano foi o mais velho a se profissionalizar dos escolhidos. Aos 20 anos, e se retirou aos 44. Aos 35 anos, Connors fechou o ano com 51 vitórias e 19 derrotas. Nenhum título, mas fez semifinais no US Open, Wimbledon, nos Masters de Cincinnati e Toronto e nos ATPs de Washington e Key Biscane.

Até àquela altura de sua carreira, Connors acumulava 105 dos 109 títulos profissionais que conquistou. Oito deles Grand Slams.

Roger Federer, por sua vez, completou 35 anos no último dia 8 de agosto de 2016, mas voltou ao circuito profissional na terceira semana de janeiro de 2017. De lá pra cá, foram 20 jogos e apenas uma derrota, para o russo Evgeny Donskoy na segunda rodada do ATP 500 de Dubai. O suíço começou o ano como 17º do mundo e já é o quarto. Ao todo são quatro torneios disputados e três títulos: Australian Open e os Masters de Indian Wells e Miami.

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias