Jogadores jovens e danças reaproximam torcedor da Seleção Brasileira na Copa

Dos passinhos do funk ao do 'Pombo' e o uso ativo nas redes sociais, atletas como Richarlison e Vini Jr crescem na internet e aumentam contato de jovens com o Brasil

Brasil x Coreia
Brasil eliminou a Coreia do Sul nas oitavas de final da Copa do Mundo (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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A Copa do Mundo naturalmente associa torcedores de seleções. Por ser um dos maiores eventos esportivos do planeta, a competição já carrega consigo toda uma emoção e atenção acima do normal. A edição de 2022, no Qatar, traz um fenômeno cada vez mais potencializado: as redes sociais. A Seleção Brasileira, repleta de jogadores jovens e caras que se apresentam positivamente nas mídias, consegue, finalmente, uma reaproximação com os torcedores.

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Mesmo com jogadores mais experientes no elenco e com 27,9 anos de média de idade - número 'padrão' neste Mundial -, muitos dos jogadores em evidência na Seleção Brasileira são jovens e começam a carregar holofotes no futebol mundial. São os casos, por exemplo, de Richarlison, Vini Jr, Raphinha e Lucas Paquetá.

A média de idade do quarteto ofensivo da equipe comandada por Tite já é de 25 anos. Querendo ou não, jogadores mais jovens 'conversam mais fácil' com um público mais novo. Não à toa, tais atletas são os que mais aparecem nas mídias. Neste contexto, as comemorações e ações fora de campo também vem à tona.

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Dança do pombo, passinhos de funk, caretas... Comemorar de uma forma diferente da usual já virou marca registrada para os jogadores da Seleção Brasileira. O tema virou até polêmica na imprensa internacional, com comentários de Roy Keane, mas faz parte da cultura do país. É justamente por isso que é uma forma de 'humanizar' o jogador de futebol e aproximar o público, principalmente os mais jovens.

Richarlison, que comemora os gols imitando um pombo, ganhou 3,5 milhões de seguidores no Instagram durante o jogo contra a Sérvia, na estreia da Copa - quando marcou dois gols. Atualmente, o número é bem maior: o atacante do Tottenham tem quase 10 milhões de seguidores a mais em relação ao número que iniciou o Mundial.

O mesmo fenômeno chegou a Vini Jr, um dos brasileiros mais ativos nas redes sociais. O camisa 20 fez uma postagem de agradecimento por ter alcançado 5 milhões de seguidores no Twitter, uma das redes sociais mais dominadas pelo público jovem. A CBF também utiliza muito da imagem do atacante do Real Madrid para fazer publicações nas mídias.

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O cria do Flamengo é um dos queridinhos da torcida brasileira: líder do movimento para 'bailar' desde que sofreu racismo por um empresário espanhol antes de um clássico contra o Atlético de Madrid, Vini foi 'abraçado' por praticamente todos os torcedores. O fenômeno continua na Seleção - e tem a dança como protagonista.

As redes sociais não mentem: o Twitter tem Neymar como assunto mais comentado desde o início da Copa do Mundo. Após a partida contra Camarões, Gabriel Martinelli foi o tema mais postado na plataforma.

Brasil x Coreia
Tite prometeu que faria a dança do pombo com o elenco (Foto: Glyn KIRK / AFP)

TITE "POPSTAR"

Mesmo que não seja de propósito, até Tite tem contribuído para essa reaproximação do Brasil com os jovens torcedores. Marcado por uma postura séria, o treinador tem mostrado novas facetas no Qatar: ele fez a dança do pombo com os jogadores após o gol de Richarlison na vitória sobre a Coreia do Sul, beijou sua esposa, Rosmari, antes de uma partida direto de uma arquibancada e não tem fugido de temas polêmicos em entrevistas.

- É uma conexão com uma geração jovem. É conexão de um cara de 61 anos com atletas de 25, 21, 22, 23 que podem ser quase meus netos. E eu gero uma conexão com eles. Entre minha equipe de trabalho, aqueles que me conhecem, que sabem o bastidor e quem não me conhece, eu prefiro dar valor a ela (a equipe), então se tiver que dançar eu vou dançar. De uma forma bem sutil, pedi para eles me esconderem. Não gostaria, não é meu perfil... Quando se pinta um quadro é dos atletas, nossa pintura não tem que ser mistura, não pode ser maior que a dos atletas, mas podemos participar, temos que participar mais. Eu tenho que treinar mais, meu pescoço é duro (risos) - explicou Tite sobre ter participado da comemoração.

Seja com Tite, Vini Jr ou Richarlison, a nova geração brasileira não impressiona apenas dentro de campo. O tom promissor também vem com a possibilidade de, após muito tempo, conseguir reunir a conexão entre campo e torcida.

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