Análise: Brasil e Colômbia entregam final histórica, e Seleção vence na superação
Seleção viveu dramas dentro da partida, mas superou adversidades e reafirmou hegemonia na América do Sul

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Brasil e Colômbia protagonizaram a final mais eletrizante da história da Copa América Feminina. Em um jogo cheio de reviravoltas, com empate por 4 a 4 no tempo regulamentar, a Seleção Brasileira garantiu o título nos pênaltis alternados: 5 a 4.
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Se nas fases anteriores a Seleção passou com autoridade por Uruguai, Paraguai e Bolívia, a decisão fugiu do roteiro. Equilibrada, intensa e imprevisível, a final expôs as vulnerabilidades brasileiras e consagrou o mérito da Colômbia, uma adversária que, definitivamente, desafiou a hegemonia da amarelinha no continente.
Na véspera da partida, o técnico Arthur Elias afirmou que buscaria "surpreender" as colombianas. E surpreendeu mesmo, inclusive quem acompanhava a campanha brasileira. Com Marta e Amanda Gutierres no banco, a escalação inicial destoou da expectativa de torcedores e analistas. A Colômbia aproveitou. Começou melhor, com intensidade, e expôs a desorganização defensiva do Brasil. O gol de Linda Caicedo, entre três marcadoras, escancarou a fragilidade da primeira etapa.
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Brasil cresce no segundo tempo
Arthur agiu cedo. Ainda no primeiro tempo, lançou Isa Haas e Amanda Gutierres em campo, e a Seleção cresceu. A virada de chave na postura, porém, não foi apenas fruto do "dedo do treinador", mas da leitura do jogo em tempo real e capacidade de corrigir falhas.
O Brasil voltou mais competitivo no segundo tempo. Se não fosse o gol contra de Tarciane, num lance infeliz, a taça talvez viesse com menos drama. Mas foi nas adversidades que o time se reencontrou. Marta entrou e foi decisiva, com gol nos acréscimos. Angelina, Duda Sampaio, Yasmim, Gio e Amanda Gutierres sustentaram a reação. Nas penalidades, Lorena brilhou no gol, enquanto Luany e Jhonson mostraram personalidade.
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A lição da Copa América é clara: é preciso saber corrigir erros em campo. Para Arthur Elias, é o primeiro título com a Seleção principal. Para Marta, a quarta taça continental. Para o Brasil, um teste de fogo no caminho até a Copa do Mundo de 2027, um caminho que exige evolução, ousadia e, acima de tudo, resiliência.

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