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São Paulo divulga relatório e reduz dívidas com investimento de fundo financeiro

Documento mostra progressão da diminuição dos passivos financeiros ao longo de quase um ano, quando o FIDC foi estabelecido

Dia 15/10/2025
17:02
Atualizado há 3 minutos
São Paulo x Fortaleza no Morumbis
imagem cameraSão Paulo teve redução de 22% nas dívidas bancárias em um ano. (Foto: Fabio Giannelli/AGIF)

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O São Paulo divulgou na tarde desta quarta-feira (15) o relatório produzido pela OutField Ventures, que detalha o balanço financeiro do clube entre o fim de 2024 e setembro de 2025, período em que o clube reduziu em 22% as dívidas bancarias através do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, o FIDC.

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O trabalho desenvolvido pelos investidores, que teve um aporte de R$ 400 milhões, tem como objetivo auxiliar o Tricolor a reduzir os passivos e o montante global do clube, que atualmente está em R$ 912 milhões. O número é quase R$ 57 milhões menor do que em dezembro de 2024. O documento também mostra que o São Paulo foi ativo na venda de atletas para ajudar a cobrir esses passivos, atingindo R$ 233 milhões na venda de atletas em 2025, valor mais de duas vezes maior do que havia sido orçado.

Nesses movimentos de janela de transferência, joias da base tricolor foram negociadas com o futebol europeu, com o objetivo de acelerar o faturamento da equipe na redução das dívidas. William Gomes, Henrique Carmo, Lucas Ferreira e Matheus Alves foram alguns dos nomes vendidos em definitivo pelo Tricolor nesse período e que incorporam esse montante.

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O documento também expõe outros setores financeiros e que o São Paulo teve outras quedas de custo. Foram R$ 15 milhões a menos pela quitação de Parcelamentos Bancários e Dívidas Fiscais e uma redução de R$ 2,7 milhões em Direitos Federativos e Intermediações. O último trimestre desse ano foi a primeira vez no período em que o clube registrou superávit, alcançando R$ 19,9 milhões. O cenário da reta final de ano contratas com os dois primeiros trimestres, onde o Tricolor teve, respectivamente, R$ 23,1 milhões e R$ 10,5 milhões de déficit no balanço.

Casares São Paulo
O presidente Julio Casares concedeu entrevista coletiva e detalhou as ações do clube para redução das dívidas. (Foto: Divulgação/ São Paulo FC)

Como o São Paulo estrutura o fundo financeiro

Para estruturar o projeto financeiro, o São Paulo contou com o aporte de investidores e dividiu o FIDC em dois tipos de cota, a "Senior" e a "Subordinada". A primeira cota é considerada de menor risco e conta com a participação de investidores do mercado de capital e que têm prioridade nos recebíveis. O montante arrecadado é de R$ 240 milhões atualmente, o que remunerou os investidores num custo de capital de CDI + 5% para o clube, porcentagem é menor do que a média histórica.

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Até agora, já foram repassados R$ 39 milhões desse montante total aos investidores do FIDC. O São Paulo também obteve o adiantamento de R$ 135 milhões obtidos através de patrocinadores e direitos de transmissão ao longo desse quase um ano de atuação do fundo. O recurso foi utilizado para pagar compromissos operacionais e abatimento de dívidas passadas, de acordo com o relatório.

Na cota "Subordinada", a lógica é que o São Paulo seja o único detentor nesse modelo, já que é considerada uma estratégia de recebimento mais arriscada. Em caso de não ter os recebíveis ou não faturar como o orçado, é o clube que lida com esse prejuízo (diferente do que acontece na cota Senior, onde os investidores tem prioridade de recebimento. Para tentar equilibrar, a estratégia do clube foi se manter com a participação de 40% dos recebíveis descontados.

Essa formatação de FIDC busca beneficiar os dois lados do acordo, o clube e os investidores. A equipe tem interesse em alocar bem os recebíveis para que eles desempenhem como o esperado e quem investiu corre um risco menor de sair no prejuízo.

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