Casares cobra mudanças na CBF após polêmicas de arbitragem em São Paulo x Palmeiras
Presidente sugeriu criação de desafio no VAR
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Julio Casares se manifestou e pediu mudanças à CBF após as polêmicas com arbitragem envolvendo Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva, árbitro de vídeo, durante o clássico entre São Paulo e Palmeiras, que aconteceu no domingo (5).
O presidente do Tricolor havia se manifestado via nota oficial do clube na última noite, mas agora falou novamente, sugerindo mudanças e pedindo, mais uma vez, a divulgação dos áudios do VAR.
A polêmica diz respeito, principalmente, a dois lances: o pênalti não marcado em Tapia após Allan derrubar o chileno na área e a ausência do cartão vermelho para Andreas Pereira após uma dura entrada em Marcos Antônio. Porém, Casares citou que existem mais três lances com erros de interpretação por parte da arbitragem.
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Os áudios do VAR não foram divulgados. De acordo com o protocolo da CBF, só são divulgados caso o árbitro consulte a cabine em campo, o que não aconteceu. Na sua fala, Casares pediu para que este protocolo fosse quebrado.
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- Venho uma vez mais me manifestar a respeito dos lamentáveis fatos no jogo ocorrido no Morumbis em jogo pelo Brasileirão. Foram cinco vídeos onde a tecnologia entrou em campo, mas a falta de diálogo, omissão e a falta de firmeza técnica entre o árbitro e o árbitro de VAR trouxe um prejuízo ao São Paulo. O São Paulo poderia ter um pênalti e jogar com um a mais, como foi em Fortaleza onde foi merecida a expulsão do Rigoni, mas aqui no Morumbis o critério foi outro. Nesse momento, é momento de ser firme. Eu apoiei o presidente, apoio pela juventude, pelo idealismo e é uma pessoa bem-intencionada. Existe um protocolo de não ceder os áudios quando o VAR não chamar o árbitro de campo para o monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo, precisamos do áudio para imaginar o que acontece - disse Casares.
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O clube pode solicitar a análise dos áudios do VAR com a abertura de um Fórum Permanente, mas mesmo assim, a divulgação fica restrita. O São Paulo teria interesse em ter estes áudios divulgados de forma pública.
Além das reclamações e notas que foram divulgadas, o São Paulo também emitiu um ofício para a CBF questionando as decisões. Ainda na noite de domingo (5),foi informado que Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva passarão por um treinamento de interpretação de regras. A CBF entende que existiram equívocos de interpretação. A entidade não trata como reciclagem e sim como algo temporário.
- Ontem eu soube da nota do afastamento do árbitro de campo e VAR, foi uma medida correta, mas não pode ficar em uma suspensão temporária, mas ele é premiado em outro jogo logo ali na frente. Precisa ter rigor, não foi um erro qualquer. Se tem tecnologia e ela é aplicada em uma demanda maior, ontem inexplicavelmente ela não foi aplicada em nenhum dos lances que mostramos - completou.
Julio Casares sugeriu mudanças para CBF
Para evitar que surjam mais problemas que dizem respeito à arbitragem, Julio Casares sugeriu a criação do desafio, com uma ideia de ser implantado já neste Campeonato Brasileiro, além de mudanças na súmula e a divulgação dos áudios em todas as ocasiões. De acordo com o presidente, "chegaram no limite" com a situação do último jogo.
- Ficam duas sugestões. A do desafio e a de contemplar na súmula todo o diálogo do áudio daquele jogo. O que aconteceu ontem no Morumbis é para colocar um fim no que está acontecendo na arbitragem no Brasil. Confio em vocês e confio na transparência que nós devemos ter a partir do fornecimento desses áudios e desse diálogo entre o campo e a cabine de VAR ontem. Lamentamos demais, mas estamos aqui acreditando que a partir, não só da suspensão, mas do fornecimento dos áudios e para que seja incluída na súmula um princípio de mudança na arbitragem. Chegamos no limite - completou.

Veja a fala de Julio Casares na íntegra
Venho uma vez mais me manifestar a respeito dos lamentáveis fatos no jogo ocorrido no Morumbis em jogo pelo Brasileirão. Foram cinco vídeos onde a tecnologia entrou em campo, mas a falta de diálogo, omissão e a falta de firmeza técnica entre o árbitro e o árbitro de VAR trouxe um prejuízo ao São Paulo. O São Paulo poderia ter um pênalti e jogar com um a mais, como foi em Fortaleza onde foi merecida a expulsão do Rigoni, mas aqui no Morumbis o critério foi outro. Nesse momento, é momento de ser firme. Eu apoiei o presidente, apoio pela juventude, pelo idealismo e é uma pessoa bem-intencionada. Existe um protocolo de não ceder os áudios quando o VAR não chamar o árbitro de campo para o monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo, precisamos do áudio para imaginar o que acontece. Se houve e que tipo de diálogo aconteceu entre a cabine e o árbitro de campo. São prejuízos não só para o São Paulo, mas para o futebol brasileiro.
Quem quer saber disso não é o presidente do São Paulo, mas sim a comunidade esportiva. Estamos aqui tristes porque o resultado não volta, embora deveria, fomos prejudicados e influenciou diretamente no resultado do jogo, sem contar os erros de outros clubes. Vamos reconhecer com a demonstração desse áudio no VAR que a nossa arbitragem está chegando no fundo do poço, mostrar esse áudio é o começo da mudança.
Ontem eu soube da nota do afastamento do árbitro de campo e VAR, foi uma medida correta, mas não pode ficar em uma suspensão temporária, mas ele é premiado em outro jogo logo ali na frente. Precisa ter rigor, não foi um erro qualquer. Se tem tecnologia e ela é aplicada em uma demanda maior, ontem inexplicavelmente ela não foi aplicada em nenhum dos lances que mostramos.
Além dessa sugestão para que o áudio seja fornecido, queremos dar mais duas sugestões. Implantar, ainda esse ano, o desafio, onde cada técnico poderá acionar o técnico com uma dúvida, seja duas vezes por jogo conforme regulamentação.
Com isso, vai inibir a omissão do VAR e a covardia de um árbitro que não olhou o que estava acontecendo, embora bem posicionado. Outra sugestão, assim como na súmula é anexado todos os acontecimentos daquela partida, sejam automaticamente disponibilizados os áudios e as conversas das interferências em campo. Presidente Samir e Rodrigo Cintra, atenderam rapidamente, mas é momento de virar a página da arbitragem.
Ficam duas sugestões. A do desafio e a de contemplar na súmula todo o diálogo do áudio daquele jogo. O que aconteceu ontem no Morumbis é para colocar um fim no que está acontecendo na arbitragem no Brasil. Confio em vocês e confio na transparência que nós devemos ter a partir do fornecimento desses áudios e desse diálogo entre o campo e a cabine de VAR ontem. Lamentamos demais, mas estamos aqui acreditando que a partir, não só da suspensão, mas do fornecimento dos áudios e para que seja incluída na súmula um princípio de mudança na arbitragem. Chegamos no limite.
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