ANÁLISE: Dupla Luciano e Tapia funciona, mas São Paulo é ofuscado pela arbitragem
Tricolor foi derrotado de virada após gols de Luciano e Tapia

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O São Paulo foi do céu ao inferno em clássico contra o Palmeiras, disputado neste domingo (5), pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Quem assistia ao primeiro tempo, tinha certeza que a rodada seria do Tricolor. Com Luciano e Gonzalo Tapia escalado no ataque, Hernán Crespo parecia ter encontrado uma dupla perfeita para o setor. O jogo ainda contou com o retorno de peças importantes, como Marcos Antonio, que fazia um excelente confronto.
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O primeiro gol nasceu em uma jogada que envolveu uma boa leitura de Sabino, um passe de Marcos Antonio na medida e Luciano mandando para o fundo das redes.
O segundo, marcado por Tapia, contou com um bom proveito das falhas deixadas pela defesa do Palmeiras. Até então, era um domínio total de pressão do São Paulo. E os números explicavam.
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De acordo com o Sofascore, Gonzalo Tapia atuou por 82 minutos, marcou um gol, finalizou cinco vezes (duas no alvo), acertou o único drible tentado, completou 4 de 8 passes, venceu 4 de 11 duelos, cometeu três faltas e recebeu nota 7,7.
Luciano esteve em campo por 90 minutos, também fez um gol, finalizou duas vezes (uma no alvo), acertou 1/1 drible, completou 26 de 32 passes e venceu cinco dos sete duelos que teve.
Mas a partida, que desenhava perfeita, teve um vilão que mudaria todo enredo: a arbitragem. Decisões que não passaram por procedimentos que, em jogos como estes, se fazem necessários. No segundo tempo, a maré encheu.
Foram dois lances, que nas palavras de Crespo, "escandalosos". O primeiro diz respeito a uma penalidade não marcada em cima do Gonzalo Tapia após Allan derrubar o jogador na área. A segunda quanto a ausência de um cartão para Andreas Pereira após uma dura entrada em Marcos Antonio.
Tapia ficou sangrando. Quanto a Marcos Antonio, a entrada foi duríssima. A méritos de comparação, os critérios mudam. Em um lance parecido na última rodada do Brasileiro, Emiliano Rigoni foi expulso em uma situação semelhante. Mas a dúvida que fica é: não seria necessário a análise do VAR, seja pelo "sim" ou pelo "não"?

Isso foi tema de debate e barulho, tanto pela torcida quanto pelos dirigentes. Para blindar jogadores de advertências, Carlos Belmonte e Rui Costa falaram com a imprensa.
- O São Paulo entende que os erros de hoje são erros absolutamente indefensáveis, são erros grosseiros e afetaram diretamente o resultado do jogo. E por uma coincidência triste, a não expulsão de um atleta do Palmeiras em relação à falta que ele cometeu no Marcos Antônio, é o mesmo lance, na minha opinião muito menos veemente, que gerou a expulsão do Rigoni, que poderia ter desencadeado uma derrota nossa contra Fortaleza. Então veja que não há critério nenhum, como é que vai transmitir para os teus atletas uma conduta em relação à regra se o aplicador da regra trata situações iguais de forma distinta - analisou Rui Costa, executivo de futebol do São Paulo.
As decisões impactaram os resultados. Com um time nervoso em campo e se sentindo injustiçado, o Palmeiras virou. Os gols tiveram mérito da equipe alviverde, sem irregularidades. Agora, as equipes se concentram nos próximos passos.
O São Paulo deve enviar um ofício para a CBF para tratar os temas polêmicos envolvendo a arbitragem, além de manifestações públicas feitas nas redes sociais e pelos dirigentes citados.
A equipe volta a jogar somente no dia 16 de outubro, após a Data Fifa, contra o Grêmio. Jogo acontecerá fora de casa. Enquanto isso, o Palmeiras joga no sábado, dia 11, em virtude a uma das rodadas atrasadas do Brasileirão.
Na tabela, o Alviverde é líder, agora com 55 pontos - e duas rodadas a menos. O Tricolor está na oitava colocação, com 38 pontos e mais distante da corrida pelo G6.
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