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Fragilidade mental e falta de competitividade dão o tom da derrota do Santos para o Inter

Com derrota para o Inter, Peixe permanece na zona do rebaixamento do Brasileirão

Neymar faz o 15º jogo pelo Santos na segunda passagem pelo clube. (Foto: Jota Erre/AGIF)
imagem cameraNeymar faz o 15º jogo pelo Santos na segunda passagem pelo clube. (Foto: Jota Erre/AGIF)
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Juliana Yamaoka
Santos (SP)
Dia 23/07/2025
23:45
Atualizado há 11 horas

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Em uma noite melancólica na Vila Belmiro, o torcedor santista voltou a se decepcionar com a atuação do Peixe, que segue sem reação no Campeonato Brasileiro. O Santos foi derrotado por 2 a 1 pelo Internacional, nesta quarta-feira (23), e estacionou na tabela, confirmando mais uma rodada na zona de rebaixamento.

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Capitaneado por Neymar, o Santos entrou em campo sob uma grande festa da torcida na Vila Belmiro, que recebeu um bom público. A empolgação, no entanto, durou pouco. Mesmo participando bem nos primeiros minutos, servindo companheiros e incentivando o time, Neymar viu o adversário abrir o placar logo aos 8 minutos, com Carbonero aproveitando falha da marcação santista de Escobar.

Pouco depois, o Peixe sofreu o primeiro revés físico da partida: Guilherme sentiu uma lesão e deixou o gramado mancando, sendo substituído por Álvaro Barreal.

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A desvantagem no placar afetou o emocional do time, que se mostrou abatido e nervoso, assim como os torcedores nas arquibancadas, que seguiam cantando em apoio.

Neymar tentava acalmar os companheiros e demonstrava liderança em um momento de pressão, com o clube ainda lutando para sair da zona de rebaixamento.

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Mas, em vez de tranquilidade, o que se viu foi um Santos desorganizado, tentando conter um adversário objetivo e perigoso. Gabriel Brazão passou a ser o principal nome da defesa, em meio a uma marcação frágil, que dava espaços demais para as investidas de Alan Patrick, Carbonero e Vitão.

Neymar, cada vez mais impaciente, passou a cobrar laterais, recuar para marcar e receber bolas de costas para o ataque. O Alvinegro Praiano passou boa parte da primeira etapa perdido em campo, sem uma ideia tática clara e repetindo erros defensivos já vistos na derrota anterior para o Mirassol.

Aos 22 minutos, a torcida quase soltou o grito de gol em uma cobrança de escanteio fechada de Neymar, mas o lance não teve o mesmo final feliz do gol olímpico marcado contra a Inter de Limeira, no Paulistão.

O camisa 10 seguia tentando comandar a equipe e pressionava constantemente a arbitragem. Aos 38, Neymar teve boa chance de empatar após cruzamento de Rollheiser, mas desviou fraco nas mãos do goleiro Rochet. No lance anterior, Rochet retardou a reposição de bola, e o árbitro Lucas Paulo Torezin optou apenas por uma advertência verbal, o que gerou protestos da equipe santista e das arquibancadas.

Nos minutos finais, o Santos finalmente mostrou o que faltou ao longo do primeiro tempo: intensidade na marcação, criatividade nas jogadas ensaiadas e perigo real no ataque. Neymar, Rollheiser e Deivid Washington protagonizaram os principais lances, com finalizações perigosas, incluindo uma bola na trave, mas o empate não veio antes do intervalo.

Santos estaciona na tabela e ocupa o 17º lugar, com 14 pontos. (Foto: Jota Erre/AGIF)
Santos estaciona na tabela do Campeonato Brasileiro e ocupa o 17º lugar, com 14 pontos. (Foto: Jota Erre/AGIF)

A dor de mais uma derrota:

No segundo tempo, o Santos demorou alguns minutos para retornar do vestiário, o que gerou apreensão nas arquibancadas. A torcida logo se animou com a entrada do Menino da Vila, Gabriel Bontempo, que substituiu Zé Rafael e recebeu apoio imediato dos santistas.

Apesar da leve empolgação, o Internacional voltou ameaçando e obrigou Gabriel Brazão a fazer mais uma bela defesa. No campo de ataque, Neymar já se posicionava — impaciente e determinado —, pronto para mudar o rumo da partida. No entanto, foi o ex-companheiro de Peixe, Alan Patrick, quem quase ampliou para o Colorado, em um chute perigoso.

Diante da pressão, Neymar passou a recuar ainda mais para buscar jogo. A mudança, porém, não surtiu efeito. Deivid Washington, muito apagado, saiu vaiado pela torcida, e nem a entrada de Robinho Jr. conseguiu reacender os ânimos. O cenário piorou com o segundo gol do Inter, marcado de pênalti, seguido por uma forte chuva que caiu sobre a Baixada Santista — fazendo boa parte dos torcedores deixar o estádio antes mesmo dos acréscimos.

Já nos minutos finais, Barreal diminuiu e comemorou timidamente, enquanto os poucos torcedores que restaram nas arquibancadas ainda entoavam o canto de que o Santos “é o time da virada”.

Mas o clima estava longe da noite mágica vivida na Libertadores de 2012, quando Neymar foi protagonista com um hat-trick. Já nos acréscimos, o camisa 10 tentou mais uma vez: finalizou com força e, acreditando ter empatado, correu em direção à bandeirinha para comemorar — mas a bola havia passado por fora.

Apesar da tentativa de reação, o apito final confirmou mais uma derrota. A torcida vaiou o time e cobrou postura, entoando gritos de “tem que honrar a camisa do Peixão”. O único poupado foi Robinho Jr., cria da base, aplaudido por parte da torcida. No gramado, os jogadores do Santos demonstravam abatimento — muitos estirados no chão, sentindo o peso da responsabilidade por um desempenho abaixo do esperado. A dura realidade de um time recém-promovido que, até agora, não convenceu em seu retorno à elite.

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