Ao L!, Prass fala sobre ‘favoritismos’ do Palmeiras, critérios na Seleção Brasileira e foco em gestão de futebol
Ex-goleiro também reforçou a evolução do Verdão nas últimas temporadas e disse ter orgulho de ter feito parte dessa transição vitoriosa
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Um dos maiores ídolos recentes da vitoriosa história do Palmeiras, Fernando Prass bateu um papo com a reportagem do LANCE!. Na conversa, o ex-goleiro falou sobre muitos assuntos, dentre eles, a evolução do Verdão nos últimos anos, o possível favoritismo do clube ao título da Libertadores, a ausência de Veiga na Seleção Brasileira e os planos de gestão no futebol brasileiro.
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Presente na conquista da segunda divisão do Brasileirão em 2013, o ex-camisa 1 também fez parte da campanha que livrou o clube de mais um rebaixamento em 2014, que significou não apenas a permanência na elite, mas possibilitou a virada de chave em 2015. O ídolo alviverde, porém, se despediu em 2019 e não participou do recente bicampeonato palmeirense na Libertadores de 2020 e 2021.
Sobre a atual temporada e a quebra de diversos recordes por parte da equipe comandada por Abel Ferreira no torneio, Prass deixou claro que, apesar de ser um time muito forte, as próximas fases são ainda mais difíceis e podem dificultar a vida do Verdão. Além disso, o ídolo reforçou que não dá para colocar um amplo favoritismo em cima de seu antigo clube.
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- Parece meio paradoxal, mas o Palmeiras está bem encaminhado para o título e pode tropeçar ao mesmo tempo. A competição muda completamente nas próximas fases. Tu sai de uma competição de ‘mini pontos corridos’, onde pode estar em um dia ruim e recuperar depois, para um mata-mata. O Palmeiras tem uma força muito grande em mata-matas, mas tudo pode acontecer. Ainda compete com outros times fortes como Boca Juniors, Atlético-MG e Flamengo, por exemplo. O Palmeiras tem totais condições de vencer, mas não o colocaria como um amplo favorito não - disse Prass.
Convocado para a Seleção Brasileira Olímpica como um dos três atletas acima dos 23 anos para a disputa dos Jogos Olímpicos de 2016, Fernando Prass foi cortado da delegação por conta de uma fratura no cotovelo direito, o mesmo que fez com que ele fosse sujeito a uma intervenção cirúrgica dois anos antes.
Na ocasião, ele foi substituído justamente por Weverton, novo dono da meta palmeirense que virou presença constante nas listas do técnico Tite. Além do camisa 21 como representante do atual elenco, Danilo foi convocado para vestir a Amarelinha nos amistosos preparatórios que acontecem entre os dias 2 e 6 de junho deste ano.
Ao ser questionado pela reportagem do L! sobre o sentimento de ficar de fora da Seleção Brasileira, seja por lesão ou não convocação, como foi o caso do meia alviverde Raphael Veiga, Prass foi sucinto e reforçou que todas as pessoas possuem critérios e convicções.
- Acho que o Veiga está usando essa ausência para se motivar cada vez mais e acredito que a hora dele vá chegar. Mas assim, é o que o Tite já falou, vai chamar o Veiga para o lugar de quem? Se tu tirar o Paquetá e chamar ele, vai ter gente dizendo que a decisão é absurda. Se tu tirar o Raphinha, vão dizer que é absurdo. Sempre vão haver divergências quando o assunto é Seleção Brasileira. É impossível agradar todo mundo. O Tite não é burro e não é um cara que não entende de futebol. Todos têm convicções e o Tite sempre teve critério. Acho que o Veiga um dia terá chance, mas falar disso é complicado - comentou.
Prass anunciou sua aposentadoria em 2021 e, agora, pretende ser gestor na intenção de aplicar todo o conhecimento adquirido em mais de 20 anos nos gramados. Além de ter viajado à Europa para ver o que fazem de diferente para o futebol, o ex-jogador está prestes a terminar um curso de Administração na faculdade e também fez um estágio de três meses no próprio Palmeiras, passando por diversas áreas do clube.
- Todos esses clubes que estão no topo hoje em dia têm em comum algumas coisas. A principal é o profissionalismo na gestão. É importantíssimo você ter profissionalismo no comando, no topo da hierarquia. Acho que cada vez mais vemos isso com clubes empresa, não que isso não possa ser no modelo associativo. Não tem mais aquele funcionário que está no clube há 20 anos sem ter uma função clara. Com profissionalismo, o descritivo da função deve ser correspondente com a formação do profissional, não só teórica. Assim, vamos ter uma preparação muito melhor e será um ciclo virtuoso - concluiu.
Ao LANCE!, Fernando Prass também falou da relação com o Palmeiras, do atual alto patamar do clube e de jogadores emblemáticos. Confira na íntegra no vídeo acima.
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