Rebeca Andrade comanda reação, e Brasil conquista medalha inédita nas Olimpíadas
Equipe começou a rotação pelas barras assimétricas e terminou no salto
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Um dia histórico. Nesta terça-feira (30), a equipe brasileira de ginástica artística foi em busca de uma medalha inédita nas Olimpíadas, e o conto de fadas teve final feliz. Apesar do início sofrido, com sangramento de Flávia Saraiva no aquecimento, queda na execução da trave e pontuações muito abaixo das conquistadas na qualificação, o Brasil tinha uma carta na manga. E Rebeca Andrade, atual campeã olímpica, comandou a reação da seleção e trouxe a medalha de bronze para o Brasil.
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Regras da final:
Na final, apenas três ginastas do país competem em rotação. Diferentemente da classificação, nenhuma nota é descartada, nem mesmo a mais baixa. E, por opção técnica, somente Flávia e Rebeca competiram nos três aparelhos. A estreante Júlia Soares esteve no solo e na trave, enquanto a veterana Jade Barbosa representou o Brasil somente no salto.
Flávia Saraiva se machuca no aquecimento
No aquecimento para a apresentação nas barras assimétricas, Flávia Saraiva sofreu uma queda e acabou tendo um pequeno corte no supercílio. O corte assustou os brasileiros, mas a atleta conseguiu competir normalmente alguns minutos depois, mesmo demonstrando incômodo com a dor e o curativo.
Quanto Simone Biles e as ginastas norte-americanas receberam pelo ouro nas Olimpíadas?
Análise
Na trave, prova em que costuma ter melhor desempenho, Flávia Saraiva teve o melhor desempenho do Brasil, superando a queda durante a classificação. A ginasta se manteve segura, executando os movimento com precisão, poucos desequilíbrios e uma linda sequência artística.
A comissão técnica do Brasil discordou da nota 13.433 recebido e solicitou recurso, que foi negado. A nota, assim, permaneceu a mesma.
Ainda na trave, o Brasil sofreu seu maior desconto. Júlia Soares sofreu um grande desequilíbrio e não conseguir se manter no aparelho, indo ao chão. Queda. Mas Júlia foi resiliente, voltou à trave e terminou a série com uma bela saída.
Ao som de "Cheia de Manias", do grupo Raça Negra, a estreante em Olimpíadas também fez uma apresentação muito segura no solo. Só que, mesmo sem grandes erros, a pontuação foi menor do que na classificação.
Deslumbrante no tablado, Rebeca Andrade executou uma série de alta dificuldade no solo, melhorando a pontuação de execução em relação à classificação. Foi dela a melhor apresentação do Brasil na rotação.
O ponto mais alto da noite: atual campeã olímpica no salto sobre a mesa, Rebeca Andrade fez um salto impecável. Conquistando um gigantesco '15.100', o salto de Rebeca foi o maior nota da competição em todos os aparelhos e foi, definitivamente, a nota que levou o Brasil ao pódio.
O Brasil foi um dos primeiros a terminar a rotação, por isso viveu momentos enormes de tensão no fim da competição. As atletas, que já tinham feito a parte delas, só podiam esperar as notas das outras seleções nos aparelhos restantes. E foi durante o solo de Simone Biles que veio a confirmação: o Brasil conquista o bronze inédito na ginástica artística feminina por equipes.
Quanto Rebeca Andrade e as ginastas brasileiras receberam pelo bronze nas olimpíadas?
Notas do Brasil em todas as rotações:
As numerações em parêntese são a comparação entre a nota da final e a nota da classificação.
Barras assimétricas:
- Lorrane Oliveira - 13.000 (-0.233)
- Flávia Saraiva - 13.666 (-0.134)
- Rebeca Andrade - 14.533 (+0.133)
Trave:
- Júlia Soares - 12.400 (-1.400)
- Flávia Saraiva - 13.433 (+0.300)
- Rebeca Andrade - 13.133 (-1.367)
Solo:
- Júlia Soares - 13.233 (-0.267)
- Flávia Saraiva - 13.533 (+0.367)
- Rebeca Andrade - 14.200 (+0.300)
Salto:
- Jade Barbosa - 13.366 (-0.367)
- Flávia Saraiva - 13.900 (+0.734)
- Rebeca Andrade - 15.100 (+0.200)
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