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Comitê Olímpico dos EUA veta mulheres transgênero de esportes femininos

Medida atende ordem executiva de Trump e afeta atletas que planejavam competir nos próximos eventos olímpicos

Presidente Trump (Reprodução)
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Cláudio Rabha
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/07/2025
14:15

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O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) determinou que mulheres transgênero não poderão mais participar em competições femininas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A medida entrou em vigor em 21 de julho de 2025, em resposta à ordem executiva do presidente Donald Trump intitulada "Manter os homens fora dos esportes femininos". A atualização foi incorporada à política de segurança para atletas do USOPC.

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Uma nota específica sobre a participação de pessoas transgênero no site oficial do Comitê Olímpico americano informa: "A partir de 21 de julho de 2025, consulte a política de segurança para atletas do USOPC." Esta alteração foi incluída como uma subseção denominada "Requisitos Adicionais".

A mudança ocorre em cumprimento à Ordem Executiva 14201, assinada por Trump em fevereiro deste ano. O decreto presidencial ameaça cortar financiamento federal para instituições que permitam a participação de pessoas transgênero em equipes femininas, considerando que tal prática violaria o Título IX, legislação que garante igualdade de oportunidades esportivas para mulheres nos Estados Unidos.

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Proibição afeta atletas transgênero americanas

O USOPC comunicou oficialmente a decisão na terça-feira (22) por meio de um memorando enviado ao Team USA pela diretora-executiva Sarah Hirshland e pelo presidente Gene Sykes. No documento, obtido pela ABC News e ESPN, os dirigentes explicam que "como organização com status federal, temos a obrigação de cumprir com as expectativas federais".

A proibição afeta atletas transgênero americanas que planejavam competir em categorias femininas nos próximos eventos olímpicos e paralímpicos. A medida se aplica a todas as modalidades esportivas sob jurisdição do USOPC.

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A implementação acontece nos Estados Unidos, país que sediará os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, o que aumenta a relevância da decisão no cenário esportivo internacional.

A Lei Ted Stevens de Esportes Olímpicos e Amadores, adotada em 1988 e citada pelo USOPC como base legal junto à ordem executiva, estabelece mecanismos para administrar disputas de elegibilidade em competições olímpicas.

A Associação Atlética Universitária Nacional dos Estados Unidos (NCAA) também modificou suas políticas após a ordem executiva de Trump, permitindo apenas a participação de atletas nascidas mulheres em modalidades femininas.

Em comunicado oficial, o USOPC afirmou: "O USOPC se compromete a proteger as oportunidades dos atletas que participam no esporte". A organização também declarou que "seguirá colaborando com diversas partes interessadas com responsabilidades de supervisão [...] para garantir que as mulheres tenham uma competição justa e segura, de acordo com a Ordem Executiva 14201 [ordem de Trump] e a Lei Ted Stevens de Esportes Olímpicos e Amadores."

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O USOPC enviou uma carta aos órgãos gestores esportivos afirmando que "nossa política revisada enfatiza a importância de garantir ambientes de competição justos e seguros para as mulheres". O documento indica que "todos os órgãos gestores do país devem atualizar suas políticas para harmonizá-las." Segundo a "ESPN", o USOPC "manteve uma série de conversas respeitosas e construtivas com funcionários federais" após a publicação da ordem executiva.

Donald Trump e Gianni Infantino em evento para discutir a Copa do Mundo (Foto: Jim Watson/AFP)
Donald Trump e Gianni Infantino em evento para discutir a Copa do Mundo (Foto: Jim Watson/AFP)
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