WSL Finals sofre atraso em busca de ‘melhores opções’; entenda
O evento acontecerá em um único dia entre 27 de agosto e 4 de setembro

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Os cinco melhores surfistas masculinos e femininos do ranking mundial disputam o título da temporada 2025 da World Surf League (WSL) em Cloudbreak, Fiji. A janela de competição abriu nesta terça-feira (26) e segue até o dia 3 de setembro, devido ao fuso horário de 17 horas entre os países. O evento busca concentrar todas as baterias decisivas em um único dia de disputas.
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Entre os brasileiros classificados estão Yago Dora, líder do ranking com 54.750 pontos, e Italo Ferreira, quinto colocado com 47.420 pontos. A primeira chamada aconteceu às 16h30 (de Brasília) desta terça-feira, o que corresponde às 7h30, de quarta-feira (27), no horário local de Fiji.
Como está previsão sobre as condições de Cloudbreak?
As análises do Surfline, site oficial de previsões da WSL, indicam que as melhores condições para a competição devem ocorrer apenas nos dias finais da janela. Até o antepenúltimo dia, as ondas não ultrapassarão 5 pés (1,52 metros) de face em Cloudbreak, famosa por suas poderosas esquerdas que apresentam condições ideais quando recebem ondulações de sul a sudoeste e ventos do quadrante Leste.
O dia 2 de setembro apresenta previsão de séries que podem atingir até 12 pés (3,66 metros), porém com possibilidade de vento maral fraco por volta do meio-dia, o que pode afetar a qualidade das ondas.
Já no dia seguinte, esperam-se esquerdas de até 10 pés (3,05 metros) com vento terral predominante. Com isso, condições favoráveis serão criadas, apesar da possibilidade de vento lateral fraco durante algumas horas no início da tarde. No último dia da janela, 4 de setembro em Fiji - dia 3 no Brasil -, as ondas devem chegar a 8 pés (2,44 metros) com vento terral pela manhã e maral à tarde, ambos de intensidade fraca.
Após análise do portal, os surfistas brasileiros se mantém focados e preparados para quando a chamada enfim for realizada pela organização. Yago Dora e Italo Ferreira ainda deixaram suas previsões para o dia de disputas aos torcedores nas redes sociais da WSL Brasil.
— Então, o período de competição, provavelmente, eu acho que vai acontecer entre os dias… Na verdade, o dia 1 vai subir no mar, 2 tem muita onda, 3 também, né? Eles vão escolher o melhor dia, certeza, então o melhor dia de onda vai ser o dia da competição, onde os atletas vão poder aproveitar o máximo todo esse momento e buscar os seus objetivos — disse Italo Ferreira.
— É, eu acredito que provavelmente no dia 2 ou 3 de setembro a previsão está mostrando que vai ter onda boa, então é um desses dois dias, pelo que parece. Acho que vai ter altas ondas, então fica de olho aí nesses dias — completou Dora.
WSL Finals promete muita ação
O formato da competição coloca Dora diretamente na bateria final. Ferreira enfrentará um caminho mais longo, começando na primeira rodada contra o australiano Jack Robinson. Se avançar, terá pela frente o americano Griffin Colapinto e, posteriormente, o sul-africano Jordy Smith, antes de poder enfrentar seu compatriota na decisão.
As regras estabelecem que, se Dora vencer a primeira rodada da bateria final, já garante o título mundial. Caso perca, precisará vencer as duas "rodadas" seguintes para conquistar o troféu.
Em seu último ano no circuito, já que em 2026 a decisão será por pontos corridos, a etapa da "WSL Finals" terá um formato diferente na atual temporada. A competição, então, acontecerá em forma de mata-mata a partir da sua posição do ranking.
Bateria 1: 5º lugar x 4º lugar
Bateria 2: 3º lugar x vencedor da bateria 1
Bateria 3: 2º lugar x vencedor da bateria 2
Bateria final: 1º lugar x vencedor da bateria 3
"Brazilian Strom" na WSL
O Brasil conquistou sete títulos mundiais em dez temporadas disputadas entre 2014 e 2024. Gabriel Medina venceu três vezes (2014, 2018 e 2021), Filipe Toledo foi bicampeão (2022 e 2023), enquanto Adriano de Souza (2015) e Italo Ferreira (2019) também alcançaram o topo. A competição não foi realizada em 2020 devido à pandemia de Covid-19.
Desde a implementação do formato Finals pela WSL em 2021, o Brasil só não conquistou o título mundial no ano passado. Medina venceu na estreia do formato, seguido por Toledo nas duas edições seguintes.
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O WSL Finals 2025 em Cloudbreak marca o encerramento de uma era no surfe competitivo. A partir de 2026, o campeão mundial será determinado pelo total de pontos acumulados nas etapas ao longo do ano, retornando ao sistema tradicional que vigorou por décadas no esporte.
Análise dos surfistas para as finais
No centro de tudo isso está Yago Dora, de 29 anos, vivendo a melhor fase da carreira. Atual número 1 do ranking, ele conquistou vitórias marcantes em Portugal e Trestles, além de um vice-campeonato em Jeffreys Bay. Pela primeira vez na liderança da classificação geral, o catarinense chega com a prestigiada lycra amarela, símbolo do surfista a ser batido. A vantagem é real, mas o desafio promete ser dos maiores, e o título mundial pode ser decidido por detalhes.

O sul-africano Jordy Smith, de 37 anos, é o mais experiente do grupo e chega à Califórnia embalado por um grande ano, com vitórias em El Salvador e Margaret River. Duas vezes vice-campeão mundial, ele busca, mais do que nunca, o título inédito que escapou por pouco em outras temporadas.
Logo atrás dele no ranking, o norte-americano Griffin Colapinto, de 27 anos, disputa o Finals pelo terceiro ano consecutivo. Consistente ao longo da temporada, o californiano garantiu sua vaga com vice-campeonatos em Margaret River, no Rio Pro e em Teahupo’o, resultado que selou sua classificação. Griffin, inclusive, venceu nesta mesma praia no ano passado e conhece, como poucos, as características da famosa "Cloudbreak".
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O australiano Jack Robinson, também com 27 anos, é outro nome que pode surpreender. Especialista em ondas pesadas e considerado um dos melhores tube riders do circuito, ele chega embalado por conquistas expressivas em Bells Beach e no Tahiti Pro, este último com uma vitória decisiva que garantiu sua presença na etapa final.
Fechando o top-5 está o potiguar Ítalo Ferreira, de 31 anos, campeão mundial em 2019 e dono do ouro olímpico nos Jogos de Tóquio 2020. O brasileiro começou a temporada com vitória em Abu Dhabi e retorna ao Finals pela terceira vez na carreira, disposto a recuperar o topo do mundo. Apesar de largar de trás, Italo carrega a experiência, a garra e o histórico de atuações memoráveis, o que faz dele um adversário perigoso em qualquer condição.
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